Por volta do dia 20 de outubro havia uma clara tendência de que Bolsonaro venceria as eleições no segundo turno, por alguns fatores:
1. Distribuição farta de dinheiro público com antecipação de auxílios emergenciais para taxista, caminhoneiros e empréstimos para Renda Brasil e sob FGTS futuro, isso tudo combinado com a queda dos preços dos combustíveis e de supermercados, inflação em queda (à fórceps) e sensação de melhora da economia. O maior vencedor de eleições, principalmente reeleições é e continua sendo a ECONOMIA.
2. Bolsona tinha um melhor cenário no segundo turno com as vitórias de seus candidatos no Rio de Janeiro e Minas Gerais, seu candidato em primeiro em São Paulo, que se reforçou com uma aliança com PSDB. Os 3 estados que ele mais cresceu em número de votos no segundo turno.
3. Ao mesmo tempo o PT e aliados ganharam bem no nordeste, as vitórias/derrotas no primeiro turno desmobilizam na disputa de votos, sem candidato a deputado, senador e governador, e era difícil chamar de novo com o mesmo ânimo os seus eleitores
4. Por fim a máquina feroz de fake news direcionada aos eleitores de grupos específicos, como os grupos religiosos. Bolsonaro contou com o reforço de empresários que praticaram abertamente o assédio moral/eleitoral ameaçando seus funcionário.
Esse cenário de tempestade perfeita para Bolsonaro sofreu uma freada e prejudicou o seu crescimento com a chamada “operação Bob Jeff”, em que ele foi escalado para constranger o STF, mas a farsa saiu do controle. E finalmente, a Zambelli armada e perigosa, afetam a imagem e foram os maiores problemas no campo dele.
A força do Nordeste Vermelho e a tenacidade de Lula, foram determinantes, além de suas alianças, especialmente com Tebet no segundo turno, Marina desde o primeiro, o fato de Alckmin ser vice, demonstraram a capacidade de diálogo e mantiveram a expectativa da vitória.
Foi no limite.