2181: Segundo Turno, uma imposição da Realidade e da força do Kapital.

A tensão eleitoral aumentando na reta final de campanha

As pesquisas apontam como certo um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, com a diminuição da diferença para em média 9 pontos percentuais, olhando para as somas e as diferenças dos principais institutos. Duas questões ditas pelas campanhas não se concretizaram, por enquanto: A vitória de Lula no primeiro turno, por outro lado, a promessa de que Bolsonaro ultrapassaria Lula na primeira semana de setembro.

O Datafolha de 09/09, mostra que a diferença diminuiu de 13 para 11 pontos (45 x 34, antes 01.09, 45×32), com a perda de 2 pontos de Ciro (7%, antes 9%) que se somaram aos números de Bolsonaro (34%, antes 32%), sem variação de Lula (45%) e Simone Tebet (5%). Há um vai e vem de ganhos e perdas regionais e em grupos sociais, econômicos e religiosos, que podem apontar as tendências futuras.

Foi apurado que 77% dos eleitores definiram voto e não mudarão. Os eleitores de Lula são os mais decididos, com 86% dos votos consolidados. Os de  Bolsonaro 83%, enquanto dos de Ciro e Tebet apenas 45% consolidados, os 54% podem mudar de voto, isso se refletiu nessa migração de Ciro para Bolsonaro, no setor mais jovem.

Ou seja, não haverá mudanças, e trocas de eleitores entre Lula e Bolsonaro, as variações agora são por conta dos eleitores de Ciro e Tebet. O que se percebe é que quanto mais Ciro atacar Lula, mais eleitores dele, vão para Bolsonaro, uma parte, só mudará para Lula, quando houver risco real,  o eleitor de Ciro se revela um poço de mágoa e ódio, não ao Bolsonaro, mas ao Lula, refletindo os 4 anos de ódio que Ciro destilou contra Lula e o PT.

Outro dado importante (preocupante) para o PT é que o Datafolha mostra que a classe média-média (5 a 10 Salários Mínimos), vai se deslocando rumo ao Bolsonaro, 49 a 34, isso se deve ao efeito da queda de preços dos supermercados e combustíveis, a classe média-alta (acima de 10 SM) Bolsonaro mantém a vantagem 42 a 29%). O outro sintoma dessa mudança é o apelo antipetista.

Faltando apenas três semanas, dificilmente Bolsonaro ultrapassará Lula no primeiro turno, mas pode chegar a menos de 5% de diferença, mantida essa tendência, mesmo com o mega escândalo da compra dos imóveis pela família Bolsonaro em dinheiro vivo, não é suficiente para interromper essa trajetória de crescimento, os bons ventos da economia, uma bolha positiva, ajuda muito.

A ação da mídia, da Globo especialmente, para impor uma narrativa de não ir fundo contra Bolsonaro, para não favorecer Lula, que se tornaria mais forte caso vencesse no primeiro turno, é um dado concreto da realidade. Ter segundo turno significa amarrar compromissos mais rebaixados, piores para o povo e amplamente favorável ao grande Capital, sua mídia trabalha com esse intento.

Serão três semanas tensas, exceto se acontecer uma fakeada, as mudanças serão sutis no cenário, tudo se resolvendo no segundo turno.

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Author: admin

Nascido em Bela Cruz (Ceará - Brasil), moro em São Paulo (São Paulo - Brasil) e Brasília (DF - Brasil) Advogado e Técnico em Telecomunicações. Autor do Livro - Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded.

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