Arnobio Rocha Reflexões Os Gênios, nossos filhos (Post 2143 – 206/2022)

2143: Os Gênios, nossos filhos (Post 2143 – 206/2022)


Minhas filhas com suas próprias genialidades de amor.

A nossa visão sobre a “genialidade”, ou das coisas “extraordinárias” que nossos filhos fazem, talvez seja a mesma visão (benevolente) dos nossos pais sobre nós, assim como os pais deles tinham para com eles. Claro que isso tem o amor como vetor, como também uma forma de incentivo e apoio, ou que ficamos meio abobalhados quando nos tornamos pais.

É fato que ficamos maravilhados que aqueles seres humanos que vão se desenvolvendo de forma rápida, desde seu primeiro choro, ao sorriso, ou repetição de atitudes empáticas, sentar, engatinhar e finalmente andar. As reações e interações, balbuciar e depois falar, as primeiras palavras, sentimentos e pedidos, com palavras desconexas.

Claro que algumas vezes, alguns crianças, são precoces em algumas dessas etapas e nos parecem inacreditáveis, que, sem explicação plausível, enxergamos como genialidade, é uma resposta emocional, que dá satisfação, enchem de orgulho aos pais, irmãos, causa uma certa inveja em outros, normal no comportamento humano.

Os anos vão passando e aquele sentimento de convivemos com gênios criam relações complexas, o receio de que seja ilusão (a maioria das vezes é) ou de que efetivamente precisam de maior cuidado, educacional, preparação, condições especial, ou simplesmente deixar correr, que a vida faça seu desenvolvimento natural.

Dificilmente saberemos quando algumas características especiais se sedimentem, e aquela percepção de pais, se concretizem. Um (a) grande atleta, ator/atriz, bailarino (a), cantor (a), ou um aluno com alto desempenho, que entrará numa universidade, terá um grande emprego, algo assim.

Os estímulos são importantes, mas raramente nos controlamos, tentamos explorar os potenciais, antecipando fases e impondo tarefas acima do normal do que eles suportam.

É uma questão complexa e difícil de lidar, quais os limites (éticos) de que nós adultos podemos e devemos ter, para que não forcemos a natureza de uma criança, criar em condições em que não tenha uma vida que as permitam interagir com as demais crianças, curtir o desenvolvimento social e feliz, para que tenha ótimas lembranças em todas as fases de suas vidas. Respeitar suas vidas e as autonomias.

A vida segue seu curso e vai na maioria das vezes responder todas as nossas dúvidas, mas principalmente, as dos nossos filhos, não há uma fórmula mágica, a única coisa efetivamente que podemos dar sem moderação é amor e exemplo de conduta em qualquer coisa que façamos, não importa qual nossa profissão, ou condição de vida,

Saudade de minhas filhas, deve ser isso.

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