Arnobio Rocha Política Eleições Presidenciais: 16 Semanas para o pleito. Resumo Semanal

2135: Eleições Presidenciais: 16 Semanas para o pleito. Resumo Semanal


Resumo da semanal, faltando apenas 16 semanas para as eleições.

A semana 17 para as eleições presidenciais, governadores e 1/3 do senado e das câmaras de deputados federais e estaduais, foi extremamente movimentada e três temas foram centrais: 1) A Fome atinge 33,1 milhões de brasileiros; 2) PDSB/MDB fecham a 3ª (ou 4ª) via, com Simone Tebet/Tasso Jereissati e 3) O ex-juiz Sergio Moro foi humilhado no TRE/SP negando a fraude do domicílio eleitoral.

A FOME

 

As manchetes dão conta de que há 33,1 milhões de pessoas estão em situação de miséria e passam FOME no Brasil, é um retrato alarmante e insofismável de que o GOLPE deu certo, para a burguesia e paras as Elites brasileira que odeiam os pobres, apenas curtem fazer caridades anuais no natal, um gesto de contrição, para perdão dos pecados.

O esforço hercúleo dos governo Lula (I e II) e Dilma (I) para retirar o Brasil do Mapa da FOME, durante 12 anos em que 40 milhões saíram da miséria e começavam a viver dentro de um padrão mínimo de dignidade humana, foi derrotado com o Impeachment/GOLPE, em abril de 2016, na verdade iniciado com a impossibilidade de Dilma ter seu segundo mandato, em janeiro de 2015, a não aceitação da derrota de Aécio, foi o sinal do que estaria porvir, e veio.

Temer e Bolsonaro cumpriram fielmente o que a Burguesia brasileira mais gosta e produziu em 520 anos de história: FOME e Miséria. A volta em massa da fome não é um mero acidente, não tem a ver com a Pandemia, uma política sazonal, nada disso, A FOME é um PROJETO político reacionário que sempre foi vitorioso no Brasil.

A FOME será um dos temas centrais nos embates eleitorais, pois ela é a expressão do desastre econômico do Brasil nesses últimos seis anos, desde o GOLPE.

A Terceira Via (ou quarta) do MDB/PSDB

 

Setores do MDB e do PSDB vão lançar a tal terceira via (ou seria a quarta via?), encabeçada pela senadora Simone Tebet e tendo como vice o senador Tasso Jereissati. Basicamente é uma composição feita por (quase todos) bolsonaristas envergonhados, mas nem tanto, com a perspectiva, inclusive, lhes garantir (a maioria) que vão votar no Bolsonaro, sem culpa, num eventual segundo turno das eleições presidenciais.

Aliás a tática para se forma a chapa (principal) da terceira via foi rocambolesca. Os tucanos eliminaram o seu candidato, João Dória Jr, que venceu as prévias do partido. O ex-governador de São Paulo renunciou ao mandato, assim como seu adversário das prévias tucanas, Eduardo Leite, que também renunciou ao governo do Rio Grande do Sul, alimentando a expectativa de ser o candidato do PSDB à Presidência da República.

Parece não fazer sentido, rifar João Dória Jr que tinha entre 4 e 5% de intenções de votos nas pesquisas, ao contrário da senadora Tebet, uma desconhecida nacionalmente, com 1% nas enquetes, mas por que MDB e PSDB, partidos com força no congresso e presença em governos estaduais, escolhem candidaturas sem expressão para eleições presidenciais?

Parece loucura, mas como dizia o bardo inglês, a loucura tem um método. Neste caso, afastar o arrogante João Dória, que traiu o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin em 2018, apoiando Bolsonaro antecipadamente. Entretanto, o assim chamado acordo Bolsodoria não durou o verão de 2019, percebendo a jogada futura de Dória, Bolsonaro tratou de freá-lo, colocando-lhe o apelido, de mau gosto, “Calcinha apertada“, jocoso e veladamente homofóbico, como sempre.

Um candidato mais “forte” poderia impedir um arranjo de apoio, ao governo eleito ou para oposição a esse, MDB e PSDB apostam que terão força no congresso e funcionarão como fieis da balança nas futuras batalhas, João Dória Jr teria força maior, os caciques preferem uma derrota humilhante nas eleições presidenciais, mas com a perspectiva de terem força no congresso, é aposta?

A derrota final de Sérgio Moro

Sérgio Moro abandonou a magistratura e virou Ministro da Justiça, com o acordo de ser, no mínimo, nomeado ao STF,  que fez com Bolsonaro, mas sua ambição era ser Presidente da República, com a fama angariada com a Lava Jato, tratado como herói pela mídia. Parecia que estava apenas aguardando o tempo de voos mais altos.

A derrocada de Moro começou com a #vazajato que demonstrou de forma cabal toda atuação de Moro e do seu parceiro Deltan, Juiz e MP, tramaram a maior farsa jurídica da história do Brasil. Logo depois Moro foi humilhado por Bolsonaro com uma demissão, com direito a vazamento da reunião do ministério em que era visto como traidor e de não atuar para o governo.

Moro não entendeu o seu entorno, que estava sendo abandonado, mesmo decidiu ser pré-candidato Presidente da República, cheio de ambições, mas poucos votos, seu nome ficou com 4 a 6% de intenções de votos nas pesquisas, ao mesmo tempo, Lula acima de 40%, uma doce vingança da história, seus apoiadores temendo uma humilhação eleitoral, arrumaram uma saída, ser candidato a deputado ou senador por São Paulo, mesmo que ele não morasse no estado.

Moro traiu seu Podemos que investiu, segundo o partido, três milhões no candidato, 200 mil apenas com fonoaudióloga (que desperdício). Ele foi ao União Brasil (Ex- DEM), mas sem projeto nacional, deveria ser candidato a deputado por São Paulo. O PT questionou seu domicílio eleitoral e obteve grande vitória no TRE-SP foi fundamental para que esse tipo de personagem não manipule as eleições ao seu bel-prazer, como já o fizera em 2018, afastando o favorito e legou ao Brasil essa aberração na Presidência.

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