A minha alucinação é suportar o dia a dia, assim com a maioria de todos nós, desde épocas remotas até o presente, perdidos num sistema em que aparentemente estamos sozinhos ou largados à sorte (ou azar), procurando cura de nossos males, pecados, erros e defeitos, de uma raça que se sobressaiu sobre as demais.
E meu delírio é a experiência com coisas reais, pois é impossível apenas sentir as dores do mundo, conviver com os humilhados do parque com os seus jornais, suas histórias inverossímeis, uma mentira que consola, como as manchetes de jornais, é como sentir a solidão das pessoas dessas capitais preocupadas com a violência da noite, o movimento do tráfego.
Não obstante, nesse mundo maluco e rumo à barbárie, pouco estou interessado em nenhuma teoria e muito menos em nenhuma fantasia, nem no algo mais, a vida real foi destruindo nossos sonhos e utopias, quase nada sobra de esperança.
Mas não se preocupe meu amigo, com os horrores que eu lhe digo, talvez seja apenas exagero, pois a vida realmente é diferente, quer dizer, muitas vezes ao vivo é muito pior, preferimos ser otimista e ver de forma mais branda, nos entanto, sei que assim falando pensas, Que esse desespero é moda em…2022.
É que bate um desespero, pois você não sente nem vê, e tenho que repetir não posso deixar de dizer, meu amigo, com todas as forças grito: de que uma nova mudança em breve vai acontecer. Portanto não se preocupe, saiba ainda que viver é melhor que sonhar e que o novo sempre vem.
Obrigado, Belchior, poeta e conterrâneo.