Foram diversas as tentações pelas quais a humanidade passou, em várias culturas e religiões, em situações em que expõem conceitos e ao mesmo tempo nos revelam o quanto somos humanos, cheios de defeitos, encantos e que nos definem, não como por conceito binário, maniqueísta, de bem e mal, quente ou frio, sol ou chuva, pois no fundo somos tempestade de sentimentos ambíguos e contraditórios.
Eva, aquela que saiu da costela de Adão, leva-o à única árvore de fruto proibido no jardim do Éden. Ora, o primeiro ser humano, aquele criado do barro (como significa seu nome), pelo sopro teve a vida, tornando-se a imagem e a semelhança de D´Us, não obstante, para estabelecer a relação antiética ao criador, apenas, assim, pelo pecado, banido e exposto ao destino de todos nós, na cosmogonia de judeus e seus descendentes, os cristãos.
Por outras circunstâncias, na Teogonia grega, os filhos de Japeto, Prometeu e Epitemeu, são decisivos para que a raça humana tenham sua existência plena, com Prometeu, rouba o fogo de Zeus, dando aos homens a inteligência. Do seu turno, Epitemeu, abre a Caixa de Pandora e, como na expulsão do paraíso, a humanidade conhece os males e dores do mundo.
Orfeu por Eurídice, Edith de Lot, mesmo sabendo que não poderiam olhar para trás, a tentação foi maior do que a força de seguir em frente. Ícaro sabia que não poderia voar tão alto, mas não obedeceu a recomendação de Dédalo. Faetonte aconselhado pelo pai de como conduzir os cavalos do sol, foi tentando e se espatifou do alto.
Napoleão insistiu em invadir a Rússia, no inverno, foi derrotado, Hitler fez a mesma coisa, 130 anos depois e teve o mesmo destino. Russos e norte-americanos, invadiram Cabul e comemoram a entrada de forma triunfal na cidade, ambas, superpoderosas nações, foram embora com o rabo entre as pernas.
É parte de nós viver perigosamente, a vida não é uma linha reta, nem viemos para consertar o mundo, quem sabe colocar mais uns problemas nele?