Arnobio Rocha Reflexões Os pequenos detalhes invisíveis de uma publicação

2000: Os pequenos detalhes invisíveis de uma publicação


Detalhes finos que fazem toda diferença num texto.

Esse espaço não era nada sem as músicas, dos 2.000 posts, há pelo 1.000 deles com uma música. A música complementa uma ideia, relaxa e traz a sensação de que faz parte do contexto, tem uma relação própria com o texto e se o texto não prestou, há uma chance de que o som compense, não tenha sido perdido, mas também pode ser ouvida e desprezado o texto, tudo vale.

A música tem para mim o efeito reparador, de trazer de volta para o mundo, ou me afastar mais ainda dele. É fundamental para minha vida, nem importa o idioma, aqui teve música em russo, grego, alemão, francês, italiano, árabe, japonês, espanhol (e suas variações), inglês e, óbvio, português do Brasil de de Portugal, ou apenas som, sem letra.

A comunicação sonora vai muito além do idioma falado (cantado), o santo google ajuda a compreender a letra, ou numa tradução aproximada (incerta), mas a melodia que nos encanta, nos seduz, não tendo relação com a letra, mas a mensagem de como ela chega aos nossos ouvidos e sentido que nos eleva, nos transporta para aquela realidade.

Combinar texto em português, brasileiro, com músicas de todos esses idiomas, países, não parece fazer sentido, ter lógica, mas quem está preocupado com isso, apenas a sintonia e a frequência entre a letra da prosa escrita, com a poema musical (a melodia), Neste caso é um sentimento único, não me preocupo com o efeito num terceiro que lerá, até porque, o próprio texto faz parte de um contexto pessoal, nem sempre ele é universal e inteligível.

A mesma relação, essa mais lógica, a das fotos que ilustram os textos, se a música é íntima, as fotos não, ela comunica e exemplifica a ideia geral do texto, ela revela mais e pode efetivamente ajudar a interpretar e compreender completamente a mensagem, restando pouca margem para algo fora daquilo que se viu e do que se leu, há uma sincronia clara, pelo menos na minha intenção de comunicar.

Por fim, a questão mais difícil, nomear os textos, dar título, o maior chamariz ou não, o convite, a manchete.

Raramente começo um texto com um título definido, não raro, mudo várias vezes o título, aumento, diminuo, apago totalmente, frases longas ou apenas uma palavra. É muito dizer em uma palavra ou numa pequena frase, conjunto de palavras, aquele texto que se anuncia, pois, a depender do título, o descarte é imediato, já aconteceu de textos que considero muito bons, e passar batido, enquanto outros absolutamente sem inspiração acabam muito lidos, intuo que tenha a ver com a chamada ou o parágrafo inicial.

Mesmo depois de tantos posts, essas questões (músicas, citações, imagens e titulo) ainda tomam mais tempo do que escrever o próprio texto, estranho, mas é isso.

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