A longa militância política e de vida vão nos ensinando a saber Vencer, mais ainda saber Perder. É parte fundamental da vida lutar e sem esperar que apenas vamos ganhar.
Certa vez perguntaram a um experiente político por que ele tinha perdido as eleições. Ele respondeu: Faltaram os votos. É a regra geral, faltar votos, como também questionar os métodos usados para se vencer, ou perder.
No futebol a minha maior derrota foi Brasil 2 x 3 Itália, 05.07.1982, por quase 3 décadas aquilo me assombrava, quantas e quantas vezes sonhei com um placar diferente. Só me curei em 04.07.2012, na final da Libertadores, Corinthians 2 x 0 Boca Jrs, desde então nunca mais a tragédia do Sarriá me fez perder o sono.
Na política, o famigerado segundo turno da primeira eleição direta, depois da da ditadura, 15.11.1989, foram anos de tormento por todo significado, com a prévia do Muro de Berlim e tantos muros.
Entretanto, as tragédias pessoais e perdas, calam mais fundo e todos os dias precisamos encontrar forças para seguir, e, seguimos.
A derrota eleitoral na OAB/SP será digerida com o tempo, com trabalho e luta. Fizemos um trabalho coletivo digno, honesto, de resgate da Comissão de Direitos Humanos, que sinceramente acreditamos que precisa ser continuado pelos vencedores.
Trabalhar na CDH, de alguma maneira, deu sentido a minha vida, e fazer isso num momento tão delicado do Brasil, foi mais que especial.
De minha parte, que venho do “nada”, ao Nada voltarei, feliz, pois não era ninguém, continuarei sendo ninguém. Garanto, porém, que terei a mesma militância de quase 4 décadas, com a dedicação e defesa naquilo que acredito:
“Uma sociedade livre, soberana, igualitária, em que homens, mulheres, LGBTQI+, sejam iguais, Pretos e Brancos, tenham as mesmas oportunidades e a dignidade humana seja nosso norte”.
Isso pode não parecer Nada, mas diz muito sobre mim.
À luta, até a vitória e final, ou nosso último respiro.
O Resto é Silêncio!