Desde a crise da economia mundial em 2008, o mundo experimenta um longo processo de mudança no Estado, especialmente com a queda do neoliberalismo, que tinha derrotado a antiga URSS e o Estado de Bem-estar Social, e passou a dominar as ações no mundo, impondo planos de diminuição do Estado, reduzindo direitos sociais, trabalhistas e previdenciários.
Entretanto, a queda de Wall Street, em 2008, não abriu uma nova época de retomado de direitos, ao contrário, houve um aprofundamento das políticas de ataques aos direitos dos trabalhadores e do povo, a saída para recomposição da taxa de lucro se deu com os mais radicais planos de concentração de renda e poder, o Ultraliberalismo, foi mais fundo na luta política ideológica.
Por volta de 2010, os EUA patrocinaram o boom da extrema-direita no mundo, a ilusão de “liberdade”, que chegou a iludir parte inclusive de forças de esquerda. Essas hordas selvagens com suas jornadas no Egito, na Espanha, Itália, na “revolução” da Ucrânia, as jornadas no Brasil, que migraram de movimentos à esquerda para o controle das ruas e das redes sociais pela Direita, nos anos seguintes até a vitória de Bolsonaro.
Essa nova política que negava a política, fazendo política, chegou aos governos centrais de países como EUA, Brasil, Inglaterra, Hungria, foi uma onda de negação de valores políticos, democráticos e humanos. Os ataques ao direitos passam a ter quase mãos livres, ou uma apatia de quase nenhuma resistência, que facilitou o trabalho destruidor desses governos.
Esses governos histriônicos, liderados por figuras emblemáticas de profundo desprezo pela humanidade, sem nenhuma sensibilidade, agressivas, que negam a ciência, sem nenhum respeito aos direitos humanos, quase uma piada de mau gosto.
Trump é uma espécie de Coringa, o anti-herói do Estado Gotham City, um animador de auditórios, comunicador de redes sociais que soube captar a imensa confusão política e ideológica. Governou via Twitter, nenhum gesto que lembre um estadista, um líder que inspire uma nação.
Apesar da Economia americana ter experimentado grande crescimento, desde o segundo mandato de Obama, a polêmica figura de Trump, dividiu o país e errou gravemente no enfrentamento da Pandemia, o que custou centena de milhares de vidas.
O que levou a derrota eleitora, com a mesma lógica de negação da política, passou a negar a derrota de forma constrangedora, repetindo a pleno pulmões que houve fraude, o que fez com que os setores mais radicais da extrema-direita a se animar para um “golpe”, culminando com o ataque ao Capitólio, numa sessão solene de “diplomação” ou homologação do resultado eleitoral.
As cenas de ataques ao Capitólio são inusitadas, com tiros, um morto, correria e impediu a sessão solene, deixando perplexo os EUA e o mundo. Trump os incentivou via Twitter, chamando sua horda de canalhas selvagens.
Depois das cenas violentas, o presidente eleito Joe Binden, fez pronunciamento pedindo respeito às eleições e à democracia, que o presidente vá à televisão e ordene que seus partidários que saiam das ruas, que chame o país à paz.
Trump minutos depois responde via Twitter, não em rede de TV, e repete de que foi roubado, “o mundo sabe, agora podem ir pra casa”. Continua no |Twitter dizendo que ama os manifestantes que eles estão revoltados pela “fraude”.
A extrema-direita venceu as eleições, mas não aceitam a derrota, alegam fraudes. Governam via redes sociais, levam ao país ao caos.
É um caminho pra todos os canalhas fascistas do mundo, como Bolsonaro, essa é a saída, os golpes de estado?
PS: A mídia brasileira é o que há de pior no mundo. A Globo condenando a invasão do congresso nos EUA e não podemos esquecer que vibravam quando manifestantes tentaram invadir o congresso brasileiro em 2013, contra a DIlma. A Globo falava na época que era Democracia, agora nos EUA dizem que a invasão é contra a Democracia. Os Colunistas da Globonews atacam os governos latinos progressistas comparando com Trump, cafajestes.
Um bandido tresloucado… viu o que fizeram no gabinete da Pelosi? E o Trump foi à TV sim, todo sorridente, mandar os caras pra casa. E ainda disse I love you. Bandido. Tinha que estar preso há tempos, mas o respeito que a extrema-direita impõe, meu deus… Imagine se fosse o BLM!!!