Sinto muitas saudades de escrever novos posts, mas, ao mesmo tempo, tenho medo do que possa escrever, meu coração virou uma pedra, ele se fez duro para aguentar tantos dardos adversos da vida. Tinha tantas coisas a dizer sobre o que acontece, mas o meu silêncio talvez fale mais alto, poupando os ouvidos e as vistas de vocês das minhas palavras.
Meus dias, ultimamente, têm mais de 24 horas e peço para que eles não sejam tão longos, que me torture menos, para que possamos viver o dia seguinte, sem saber ao certo como será o dia porvir. Quantas vezes exigimos mais tempo, mais horas aos nossos dias, para realizar mais coisas e viver o improvável e o imponderável de um dia que não acabe logo.
Porém, quando temos mais horas, queremos nos livrar delas, pois o certo é ter o exato comprimento, horas, minutos e dias, o tempo a mais (ou a percepção mais duradora) é fruto da lentidão de nossa dor, que não se cura rápido, então ansiamos que venham novas horas, novos dias, mais semanas, quem sabe os meses passem sem sentirmos.
Tudo girando em volta no ritmo preciso, menos para quem precisa de velocidade. Infelizmente não tenho o que contribuir com nada com o que se passa por aqui, nem ninguém, exceto por aquilo que tenho que lutar e não posso errar, pois não é dada qualquer oportunidade de correção de rota, tudo tem que ser muito exato, preciso, sem falhas, ou seja, tudo é TENSO.
A cabeça funcionando a mil, as ideias embaralhadas, leio as coisas e me constranjo (não lerei mais), mas não vou mudar ninguém com seus pensamentos insanos, pois a insanidade pode estar comigo. Minhas palavras não vão mais alterar o caminho e as decisões alheias, tempos moucos, nenhuma racionalidade. Sigamos em frente com nossa, pouca, fibra e vontade, há coisas mais sérias e importantes a se fazer neste louco momento.
Uma dose a mais, ou seria a menos?