990: Pequenas Atitudes por uma Vida Melhor

Sobrevivencia

E lá vamos nós para mais um Natal, um final de ano e este espírito maravilhoso de reconciliação, depois de nós tratarmos mal os seus colegas de trabalho, nossos vizinhos e até nosso “amigos”, este momento mágico em que se muda da água para o vinho. Todas as rusgas são esquecidas e começa aquele tapinha nas costas com o indefectível e manjado palavreado “precisamos nos ver mais, ter mais momentos de confraternização”. Duvido que não se passe esta cena na imensa maioria dos lugares em que você frequenta: no trabalho, no clube, na academia, no prédio, etc.

Óbvio que não estou menosprezando os sentimentos sinceros, que também não esqueço que vivemos numa megalópole que por si só evita uma convivência mais próxima, menos ainda fraterna. Talvez, assim, o Natal e o fim de ano acabem sendo oportunidades de se reparar alguns males do ano que termina. Uma confraternização, algumas palavras de amizade e de respeito pelo seu vizinho, seu colega de empresa ou apenas a aquele cara que trabalha na portaria de seu prédio e que nós o ignoramos solenemente o ano todo.

Mas, o mais importante e o mais difícil, é tentar fazer diferente dia a dia, semana a semana, nos próximos anos. Ao agirmos como se apenas no fim de ano podemos ser melhores, nos autoriza a sermos ruins e medíocres pelos outros onze meses. O que não nos parece razoável que vivamos assim, repito, mesmo morando numa cidade gigante, com todos os atropelos os horários corridos, o trânsito massacrante, os compromissos sempre para ontem. A qualidade de vida é ruim, mas conseguimos tornar ainda pior com nossas atitudes mesquinhas do dia a dia.

A reflexão é para tentarmos mudar um pouquinho, o mínimo que seja uma pequena iniciativa, como, por exemplo, deixar que um carro entre na sua frente num congestionamento, ou pedir desculpas ao motorista do lado que você o fechou no cruzamento. Ou ainda cumprimentar o porteiro, perguntar se vai bem, se tem família, algo que o reconheça como gente e que seu trabalho é importante e fundamental, pois não adiantar pensar que no fim de ano se lhe dermos uma caixinha revela alguma bondade, como se fosse possível comprar uma caridade.

As pequenas atitudes podem ter resultados melhores não apenas para você, mas para todos os que vivem ao seu redor.

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Author: admin

Nascido em Bela Cruz (Ceará - Brasil), moro em São Paulo (São Paulo - Brasil) e Brasília (DF - Brasil) Advogado e Técnico em Telecomunicações. Autor do Livro - Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded.

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