Arnobio Rocha Política Do Isolamento

415: Do Isolamento

 

Porvir - Imagem do Google

 

A boa vantagem de manter um blog longe da disputa política diária, conjuntural, é que se permite pensar com mais calma o porvir, sem se desgastar das lutas intestinais, que mal arranham o que realmente interessa. Apesar de escrever cotidianamente, pouco ou nada me preocupo em responder as demandas das matérias que saem em manchetes de jornais, revistas ou as notícias que deveria, mas não viram capa. Exceto a questão da Crise do Capital, que acompanho com afinco, não olho muito  o que sai em capas de jornais ou revistas semanais.

 

Mas, penso eu, que aqueles que mantém blogs de olho no front não pode se eximir de analisar temas relevantes, que, em tese, prejudicam a imagem dos governos que defendem, um exemplo disto é a, já longa, greve dos professores das universidades públicas. Vi algumas pessoas cobrando posicionamento dos blogs mais engajados, mais ainda porque a grande mídia não tornou manchete a greve dos professores. Parece justa a cobrança, no meu caso, apoio a luta dos trabalhadores, mesmo algumas que possam ser apenas demarcação de posição, mas se houve adesão da categoria, quem dirige tem que negociar.

 

Como estou longe de qualquer estrutura partidária, sindical ou associação(tipo blogprog,ong), não me sinto pressionado a ter que me posicionar sobre tantos temas, escolhi uns que mais me agradam, vou enfileirando alguns artigos, construindo um pensamento, uma ideia, limitada, claro, de como vejo o mundo. Cada dia mais distante de qualquer grupo de interesse, pois vejo que o conjunto de ideias que vim recolhendo durante a minha vida, encontram poucos que realmente as levem adiante com a mínima coerência, é apenas constatação, não é julgamento ou cobrança.

 

Então este caminho que encontrei, de escrever alguns temas, são exatamente aquilo que acredito e sigo em frente, lançando pequenas pastilhas, peças, sementes, quem sabe ajude a uma reflexão um pouco maior. Acabei também por achar bons amigos, com os quais troco experiência e impressões sobre o mundo, a vida, os meus temas, mas que nem eles, muito menos eu, nos preocupamos em virar qualquer tipo de corrente. Muitos de nós, exerce o sarcasmo como uma boa ideologia para este mundo cínico.

 

As inspirações que encontro são muitas, raramente em qualquer atividade coletiva, o que para mim é estranho, porque, contraditoriamente, sempre me identifiquei com ideias coletivas. Estou aprendendo a viver sem elas, mas sem virar cínico ou oportunista. Fazendo aquilo que gosto, mantendo a solidariedade, amizade, mas sem ficar vinculado a quem efetivamente não me parece trazer qualquer coisa positiva. Quase uma seleção natural. Assim vivemos e acontecemos.

 

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