“Fossam na terra, à cata de um tesouro,
dão co’uma vil minhoca, e ficam pagos!” (Fausto – Goethe)
Um excelente filme de desenho, de que gosto, “Meu malvado favorito”, tem uma cena especial, em que o “vilão” Gru vai ao banco pedir mais dinheiro para seu mais ambicioso plano, roubar a lua, ao chegar lá o nome do banco é Lehman Brothers, a imagem diz tudo: fundiu realidade e ficção.
Estive pensando que os desdobramentos deste atual momento da Crise 2.0, é uma clara continuação do que houve em 2008, é um repetição da história com conotações trágicas, se olharmos detidamente os processos e fizermos uma pequena abstração, podemos encontrar algumas similaridades na dinâmica dela.
Crise 2.0: Fase 1 – A queda dos bancos americanos
A toxina para os bancos americanos foram os subprimes, a última criação de gênios das fortunas fáceis, hipotecar a hipoteca alheia, distanciando-se mais ainda do lastro real, a dívida dos pequenos e médios consumidores americanos.
Um sistema viciado em lucros fictícios, mas que elevou ao clube dos milhões ou bilhões gente do mercado financeiro, mesmo sem vínculos reais com a economia. Basta dar como exemplo Henry Paulson, o poderoso Secretário do Tesouro de Bush, que saiu do Morgan Stanley para o governo, mas antes resgatou os inacreditáveis 500 milhões de dólares de fortuna pelos trabalhos prestados ao banco.
O centro da fase 1 da Crise 2.0 foram os bancos americanos, aqui tem uma cronologia que o Estadão publicou que demonstra o dia a dia de quebras e valores:
Março
“Em março, o Federal Reserve disponibiliza mais US$ 200 bilhões para bancos em dificuldade. No dia 17, o quinto maior banco americano, Bear Stearns, é comprado pelo JP Morgan Chase por US$ 240 milhões (um ano antes, o banco valia US$ 18 bilhões).
13 de julho
O banco de hipotecas americano IndyMac entra em colapso e se torna o segundo maior banco a falir na história dos Estados Unidos.
14 de julho
Autoridades financeiras dos Estados Unidos prestam assistência às duas gigantes do setor de hipotecas, Fannie Mae e Freddie Mac. Juntas, as duas companhias são responsáveis por quase metade das hipotecas dos Estados Unidos e detêm ou garantem cerca de US$ 5,3 trilhões em financiamentos e são cruciais para o mercado imobiliário americano.
Setembro: o desastre
7 de setembro
O governo dos Estados Unidos anuncia que está assumindo o controle das empresas de hipoteca Freddie Mac e Fannie Mae, numa operação que foi considerada uma das maiores do gênero na história americana. O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, afirma que os níveis das dívidas das duas companhias significavam um “risco sistêmico” para a estabilidade econômica e que, se o governo não agisse, a situação poderia piorar.
10 de setembro
O Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, registra perdas de US$ 3,9 bilhões nos três meses anteriores a agosto. O anúncio ocorre em meio a mais alertas econômicos feitos pela Comissão Européia, afirmando que Grã-Bretanha, Alemanha e Espanha poderão entrar em recessão até o final de 2008.
15 de setembro
Depois de dias em busca por um comprador, o Lehman Brothers entra com pedido de concordata, se transformando no primeiro grande banco a entrar em colapso desde o início da crise financeira. O ex-presidente do Fed Alan Greenspan afirma que outras grandes companhias também poderão cair. No mesmo dia, o Merrill Lynch, um dos principais bancos de investimento americanos, concordou em ser comprado pelo Bank of America por US$ 50 bilhões para evitar prejuízos maiores.
16 de setembro
O Federal Reserve anuncia um pacote de socorro de US$ 85 bilhões para tentar evitar a falência da seguradora AIG, a maior do país. Em retorno, o governo assumirá o controle de quase 80% das ações da empresa e o gerenciamento dos negócios. Lehman Brothers fecha acordo para vender partes suas as operações de brokers e dealers para o britânico Barclays.
17 de setembro
Imprensa noticia que o Washington Mutual (WaMu), financiador de hipotecas e maior instituição de poupança dos Estados Unidos, se colocou em leilão como forma de ampliar os esforços para se salvar, em meios aos graves problemas financeiros que atravessa.
23 de setembro
O japonês Nomura Holdings chega a um acordo para comprar por US$ 225 milhões a filial do Lehman Brothers na Ásia Pacífico.
25 de setembro
Outro gigante do setor de hipotecas dos Estados Unidos, o Washington Mutual, é fechado por agências reguladoras e vendido para seu adversário, o Citigroup.
28 de setembro
A crise se alastra mais pelo setor bancário europeu com a nacionalização parcial do grupo belga Fortis, para garantir sua sobrevivência. Autoridades na Holanda, Bélgica e Luxemburgo aceitaram investir 11,2 bilhões de euros na operação. Nos Estados Unidos, legisladores anunciaram que chegaram a um acordo bipartidário para aprovação do pacote de US$ 700 bilhões para salvar instituições financeiras afetadas pela crise.
29 de setembro
A Câmara dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos rejeita o pacote de US$ 700 bi proposto pelo governo americano para socorrer instituições financeiras afetadas pela crise. Os legisladores retomam as negociações para realizar uma nova votação na casa.
O Wachovia, o quarto maior banco americano, é comprado pelo Citigroup, em um acordo de resgate que conta com o apoio das autoridades americanas. Segundo este acordo o Citigroup vai absorver até US$ 42 bilhões dos prejuízos do Wachovia.
Na Grã-Bretanha, o governo confirmou a nacionalização do banco de hipotecas Bradford & Bingley. O governo assume o controle de financiamentos e empréstimos do banco no valor de 50 bilhões de libras (cerca de R$ 171 bilhões) enquanto suas operações de poupança e agências são vendidas para o Santander, da Espanha.”
Entre Março, que se inicia com a quebra do Bear Stearns, até outubro de 2008 o governo dos EUA desembolsou a fundo perdido 2 trilhões de dólares para salvar os bancos, financiadoras e seguradoras contaminadas pelos subprimes, este ativos tóxicos “venceram” antecipadamente em 2008 e consumiram 1,4 trilhões, porém seu total podre chegou aos inacreditáveis 12,3 trilhões de dólares, cerca de 89% do PIB dos Estados Unidos.
Ainda em Outubro de 2008 a Zona do Euro começa a sentir fortemente os efeitos do desastre dos EUA e gasta 1,2 trilhões de Euros para proteger seu sistema financeiro, os países que cotizam para este fundo são: Alemanha, França, Áustria, Holanda, Bélgica e Itália.
Em Abril de 2009 pressionados pelos EUA e UE o G20, reunido em Londres, resolve investir 1 Trilhão de Euros na economia mundial para evitar mais contaminação da crise financeira. Amenizou o cenário por quase 2 anos.
Crise 2.0: Fase 2 – a queda dos países europeus
O centro da fase atual da crise são os países da Zona do Euro, em particular os periféricos, os mais pobres, aqueles que receberam grandes injeções de capital para se adequar aos padrões de vida e consumo dos mais ricos: Alemanha e França.
A toxina para os bancos americanos foram os subprimes, a última criação de gênios das fortunas fáceis, hipotecar a hipoteca alheia, distanciando-se mais ainda do lastro real, a dívida dos pequenos e médios consumidores americanos.
Um sistema viciado em lucros fictícios, mas que elevou ao clube do milhões ou bilhões gente do mercado financeiro, mesmo sem vínculos reais com a economia. Basta dar como exemplo Henry Paulson, o poderoso Secretário do Tesouro de Bush, que saiu do Morgan Stanley para o governo, mas antes resgatou os inacreditáveis 500 milhões de dólares de fortuna pelos trabalhos prestados ao banco.
A toxina da Europa são as dívidas públicas dos países, ou a incapacidade deles de renovarem seus créditos com os bancos privados, em particular os alemães e franceses que alimentaram a cadeia de empréstimos cada vez maior para o consumo destes países.
A Zona do Euro como concebida é uma fantasia irreal, o padrão tecnológico, o acumulo científico e a sofisticação das empresas da Alemanha e França, junto com o padrão salarial delas, não se pode igualar a uma de Portugal ou Espanha. Mas no mundo ideal foi decidido que ambos os lados teriam moeda comum, salários e serviços com mesmo padrão.
Enquanto havia capital em abundância este mundo de faz de conta aconteceu, os governos locais assumiram a responsabilidades pelos créditos, ônus e bônus, porém a violenta crise começa a cobrar o mundo real. Aqui começa a cronologia das crises dos países mais frágeis da Zona do Euro.
Criou-s um acrônimo chamado PIIGS, quem vem a significa: Portugal, Irlanda, Itália e Espanha (Spain), estes países um a um foram caindo com o peso das dívidas internas e os arrochos para saldá-las, que provoca uma tragédia social sem tamanho, combinação de desemprego e recessão.
Cronologia dos sites : Público e Cronologia da Crise Financeira, ambos de Portugal e complementos e grifos meus.
2011
Janeiro:
“12/1- A Irlanda recebe a primeira parcela da ajuda de 85 bilhões de Euros da UE e do FMI.
14/1- A agência Fitch reduz a “lixo” a classificação da Grécia
25/1- A Irlanda paga a 6 por cento os juros da primeira parcela do empréstimo.
Fevereiro
1/2- Na Irlanda o Parlamento é dissolvido e são convocadas eleições para 25 de Fevereiro.
2/2- A agência Standard & Poors baixa o rating da Irlanda para A-.
9/2- Na Irlanda, o governo em regência discute a injeção na banca, antes das próximas eleições, de 10 bilhões de Euros.
11/2- A UE e o FMI aprovam uma nova parcela de 15 bilhões de Euros dos fundos de resgate da Grécia mas alertam Atenas para a necessidade de acelerar reformas e privatizações.
25/2- O partido de centro-direira Fine Gael ganha as eleições com 36,1 por cento dos votos, na Irlanda.
Março
2/3- A agência Standard and Poors alertam para nova revisão em baixa de Portugal e da Grécia.
7/3- A agência Moody corta o rating de crédito da Grécia de B1 para Ba1.
11/3- A taxação da dívida soberana portuguesa dispara para os 8 por cento.
12/3 – A UE decide aumentar a capacidade dos fundos de resgate europeus para o seu valor nominal de 440 bilhões de euros.
15/3- A agência Moody baixa o rating da dívida portuguesa de A 1 para A3
24/3- J.C. Juncker, presidente do Eurogrupo diz que seria “apropriado” resgatar Portugal por 75 bilhões de Euros.
29/3- A agência Standard & Poors avalia em baixa o rating da Gécia de” double B plus” para “B minus”. A agência Standard & Poors volta a cortar o rating de Portuagl para BBB-, um ponto acima de “lixo”.
31/3- A Irlanda calcula em 70 bilhões de euros os custos finais de resgate da sua banca.
Abril
1/4- A agência Fitch corta em três níveis de A- para BBB- ou quase lixo, o rating de Portugal.
6/4- Os juros dos títulos da dívida soberana portuguesa a cinco anos ultrapassam os 10 por cento e os juros a dez anos estão perto dos 9 por cento.
15/4- A agência Moody´s corta o rating da Irlanda para pouco mais de “lixo”.
23/4- Em Portugal, o INE revê em alta o défice de 2010, para 9,1 por cento do PIB
27/4-Os juros da dívida grega ultrapassam pela primeira vez na história do Euro, os 25 por cento, devido ao risco de bancarrota da Grécia.
Maio
11/5- Greve geral e grandes manifestações paralizam a Grécia.
16/5- A UE e FMI aprovam o empréstimo de urgência para Portugal por três anos, no valor de 78 bilhões de Euros devendo a primeira parcela de 18 bilhões de Euros chegar antes das eleições de Junho.
21/5- O governo grego e o Banco Central Europeu concordam que a restruturação da dívida deve ser evitada e querem mais cortes orçamentais e privatizações para ultrapassar a crise.
29/5- Milhares de manifestantes, na Grécia, contestam o governo e as exigências do FMI.
Junho
3/6- A UE e o FMI preveem que em Julho para evitar a bancarrota a Grécia necessitará de nova ajuda financeira no quadro do resgate avaliado agora em 119 bilhões de Euros.
9/6- O governo grego aprova e submite ao Parlamento o plano fiscal e de privatizações requerido pela UE e pelo FMI e o PIB cai 5,5 por cento em vez dos 4,8 por cento previstos.
29/6- O Parlamento grego aprova um plano de austeridade de 5 anos, até 2014 que pode permitir o resgate por 155 contra 138 votos.
30/6- O Parlamento grego aprova legislação necessária ao plano de austeridade.
30/6- Corre o rumor e debate de a Grécia vai ser o primeiro país a sair do Euro.
Julho
5/7- A Moody baixa a avaliação de Portugal para BA2 e diz que o país precisa de um segundo pacote de ajuda financeira para se fortalecer nos mercados.
8/7- Em Espanha a Bolsa tem os piores resultados desde Novembro dada a crise da zona Euro em Portugal e na Grécia, as dúvidas sobre a solvência da banca italiana e a dívida americana.
8/7- A Itália está em crise, com uma dívida que representa 130 por cento do PIB e um pedido de avaliação de um empréstimo na banca internacional no valor de 1 trilhão de Euros. As taxas de juros dispararam e a bolsa de Milão caíu 3,47 por cento. O ministro da Economia Tremonti está em disputa com Berlusconi.
11/7 Os ministros das Finanças da UE em reunião extraordinária para tentar resolver as crises grega e italiana decidem aumentar a capacidade do fundo europeu de emergência contra o contágio da crise do Euro para 440 bilhões de Euros mas adiam a decisão sobre o possível apelo ao envolvimento do sector privado nos planos de resgate.
22/7- Nos EUA, a Casa Branca e o Congresso negoceiam aceleradamente como reduzir o défice de modo a que o Congresso aceite um limite de 14.3 trilhões de dolares da divida americana, até 2 de Agosto.
29/7- A agência Moody´s pondera rever em baixa o rating Aa2 da dívida da Espanha.
30/7- Em Espanha o primeiro ministro Zapatero dissolve o Parlamento devido à crise e convoca eleições para 20 de Novembro, dizendo que o seu governo lançou as bases de crescimento económico e agora o eleitorado deve decidir se devem continuar a fazer frente à crise.
Agosto
1/8-Nos EUA o presidente Obama anuncia um complexo acordo no Congresso que permite elevar o nível da dívida norte-americana para evitar o incumprimento orçamental norte-americano. O acordo de última hora, antes da abertura dos mercados asiáticos, prevê a redução de despesas públicas.
1/8- O banco inglês HSBC vende 195 agências que detinha nos EUA, ao First Niagara, por mil milhões de dólares e revela planos de reduzir 30 mil postos de trabalho na Europa e EUA e criar 15 mil novos postos na Ásia.
2/8- A Itália e a Espanha batem novos recordes nos juros da dívida, sob presssão dos mercados. A taxa espanhola chegou aos 6,38 por cento
6/8- Os EUA têm a sua classificação da dívida reduzida para AAplus, pela agência de notação Standard´s & Poor. É a primeira vez que isto acontece.A semana acaba com os mercados a registarem os piores valores desde 2008.
8/8- Dia dramático nas bolsas mundiais, mini-crash nas bolsas europeias con Frankfurt a perder mais de 5 por cento, apesar da intervenção do Banco Central Europeu que fez baixar os juros das dívidas portuguesa, espanhola e italiana.
8/8- Nos EUA, o presidente Obama reage a quebra do rating da dívida norte-americaba afirmando que a maior economia do mundo deve ter a nota de dívuida máxima AAA.
8/8- Em Wall Street, o indice S&P cai perto de 7 por cento, a pior quebra diária desde Dezembro 2009
Setembro
27/09 – Governo Grego aplica taxas sobre as propriedades privadas para convencer o FMI e a UE de que merece a próxima parcela da ajuda financeira (no valor de 8 bilhões de euros, dinheiro necessário para pagar os salários de Outubro).
Outubro
5/10 – Setor público e funcionários de empresas do Estado fazem greve de 24 horas contra as medidas de anti-austeridade.
21/10 – Grécia aprova novo plano de austeridade, desencadeando protestos violentos em Atenas e uma greve geral que parou grande parte do país. Mais de 100 mil pessoas saíram à rua, tendo pelo menos 74 ficam feridas e um homem morrido de ataque cardíaco.
27/10 – Líderes da zona euro conseguem um acordo de perdão de 50% da dívida grega. Acordo é firmado com o representante dos bancos privados envolvidos no empréstimo e tem em vista a redução da carga da dívida grega. Aumentam o fundo de estabilização de 440 bi para 1,2 trilhões de Euros.
31/10 – Primeiro-ministro grego, Georgios Papandreou, anuncia que irá convocar um referendo para votar a ajuda europeia.
Novembro
2/11 – O primeiro-ministro francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, dizem a Papandreou, em Cannes, no âmbito da cimeira do G20, que a Grécia não receberá mais ajuda até à conclusão do referendo. O país devia receber uma parcela vital em Novembro, no valor de 8 bilhões de euros.
3/11 – Partidos na oposição põem dúvidas na continuidade de Papandreou à frente do Governo grego. O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, diz que não apoia o referendo e afirma que a participação da Grécia enquanto membro do euro foi uma conquista histórica e “não pode depender de um referendo”. O primeiro-ministro mostra-se disposto a retirar a proposta de referendo sobre a permanência do seu país na zona euro.”
6 a 10 /11 – Renuncia de Papandreou e de Berlusconi, explode a crise Italiana, com efeitos danosos para toda Zona do Euro
Dois Momentos, uma mesma crise
Ou seja, olhando os dois cronogramas das crises, notamos que enquanto nos EUA os bancos foram caindo um a um, com eles milhares de credores e cidadãos americanos que tiveram seus fundos de pensões atingidos, ou suas hipotecas executas, levando a um empobrecimento geral, desemprego cresceu em 50% nos últimos 3 anos.
Por outro lado na Europa os países são derrubados de forma inapelável, um a um, mergulhando seus cidadãos ao desemprego, desespero com nenhuma expectativa de futuro, situação análoga ao que ocorre nos EUA.
Tanto de um lado como do outro atlântico a Banca vence, os “mercados” encontram caminhos para realizar sua tarefa de extrair mais e mais capital, mesmo em situação extrema. Os banqueiros dos EUA e da UE estão salvos pelos seus gerentes das crises: Bush-Obama e do outro lado Merkel e Sarkozy. Agindo como executivos eles impuseram aos seus países e aos demais dependentes a agenda de quem os mantém.
Nos EUA em 3 anos aumentou o clube do Bilhão em 31 novos sócios, as famílias milionárias( com mais de 1 milhão de dólares líquidos) aumentou em 6,8 no último ano passando 5,6 para quase 6 milhões de lares. Para estes não há crise, juntos detêm 90% do PIB americano.
Na UE o clube dos ricos pode ficar restrito a Alemanha e França, que impõem aos demais uma vassalagem nunca vista, até a Itália foi duramente humilhada pela dupla MerKozy.
Este é um mundo estranho e complexo, cujos novos atores ainda não são protagonistas, BRICS, chegarão lá?
Não me canso de lembrar do Azimov… que sujeito esperto! Nos anos 50 a saída já era o bloco regional. Ele só não previu que Merkozy afundasse assim a bagaça.