17 de novembro de 2025

0 thoughts on “O mundo é um moinho – a política também! (Post 63 – 17/2011)

  1. Duas coisas me incomodam nessa discussão: esquerdistas hitóricos – sejam intelectuais, militantes, jornalistas -, se chamarem de burros e adjetivos afins… E por que não podemos criticar qualquer medida da Dilma? Por que não? O que é isso? Um grupo messiânico?

  2. Obrigado, Arnobio, pelo post que me fez refletir. Você sabe que o admiro e respeito muito e li com humildade a sua argumentação, torcendo no meu íntimo para que você esteja certo.

    Faço, porém, duas ressalvas: uma é que a situação herdada pelo Lula em 2002 era muito diferente, pois além da economia altamente deficitária e à beira da insolvência, ele herdou também a hegemonia intacta do ideário neoliberal. Agora, não. Ainda que existam problemas de caixa, a situação, do ponto de vista econômico, é consideravelmente menos grave e, do ponto de vista ideológico, Lula chegou a assinalar para uma forma de neokeyseanismo nos dois últimos anos de governo. Era de se esperar que Dilma buscasse soluções mais negociadas e menos ortodoxas no contexto dessa nova orientação. Mesmo porque, ao contrário do que Lula fez durante a campanmha de 2002 (Carta ao Povo Brasileiro), foi isso que ela assinalou na campanha.

    Não sei exatamente o que você quis dizer ao considerar “secundária” a razão para o meu afastamento da militância virtual da esquerda pós-lulista, mesmo porque ele se deve a uma série de fatores: as vicissitudes da blogosfera, o comportamento inicial de Dilma em relação ao MinC e à Folha e, sobretudo, a questão econômica – que para mim é central, jamais secundária. Na verdade, esquerda que defende neoliberalismo, para mim, não é esquerda.

    De qualquer modo, obrigado pelo contraponto.

    Um abraço,
    Maurício.

  3. Acho que as divergências tem que ser tratadas da forma como o Arnobio sugere nesse post: sem desqualificações, argumentando as suas opiniões, de forma ponderada e sem fechar a porta para o contraditório. Parabéns.

  4. Sei dos percalços mas, como vc já sabe, é impossível para mim acreditar e aceitar as decisões do governo Dilma. Entendo seu ponto de vista, porém, para mim não dá: 1)Pela minha formação intelectual e social; 2)Por ser membro do PT e ter nele apostado; 3)Pela campanha para eleição da Dilma; 4)Pelos objetivos que tracei para minha vida. Minha “implicância” é, portanto, de viés ideológico e social. Não creio que a política seja reduzida aos ditames da economia.

    Continue escrevendo! Vc sabe da minha admiração pelo seu trabalho e a pessoa que vc é.

    Abraços

  5. Seu pensamento veio ao encontro dos meus próprios pensares e sentires.
    Com relaçao ao posicionamento no blog de mariafrô,nem pensar que ela abandonaria
    o empreendimento. Jamé! Ela colocou firmemente sua opiniáo porque julgou oportuno, creio,
    e para muitos, como eu, isto foi favorabilíssimo, pois refrescou a minha memória quanto
    aos tantos e muitos e incontáveis desgovernos da Foia de SPaulo.
    Inclusive eu soube de coisas sobre o jornal da Baráo de Limeira, que eu desconhecia,
    (sáo tantos, que eu me perco no lixáo).

    Todavia, quero aproveitar para penhorar minha aprovação a Dilma no evento FoiaSP.
    Vi com outros olhos. Apenas isso. Olhares diferentes formam pensamento crítico.
    Mas náo incidem sobre minha Confiança, que para mim é Confiar.

  6. Sua visão política dos períodos que abordou é bastante clara e esclarecedora. Parabéns.
    Visite meu recém criado blog: campusaleixo.blogspot.com

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