7 de dezembro de 2025

0 thoughts on “Rearmamento Teórico (13 – 03/2010)

  1. Rearmamento teórico é pensar em Software Livre; na Sociedade em Rede; em Antonio Negri, Michael Hardt, Giuseppe Cocco, Domenico De Masi, Emergência, Cauda Longa. Remidiação, Midiatização.

    A esquerda ainda pensa o mundo da modernidade, do talorismo-fordismo e do mero conflito entre classes. Pensa em massa e em povo, quando deveria pensar em multidão; pensa em democracia representativa e em socialismo quando deveria pensar em democracia emergente.

    Pelo menos essa é a minha opinião: partidos e sindicatos não são mais a solução para lidar com opressão, desigualdade, ilegalidade e arbitrariedade. E a mídia de massa (rádio, TV, jornal e revista) é uma indústria que influencia muito menos corações e mentes do que se possa imaginar.

    []’s,
    Hélio

  2. Complemento com algumas ideias a mais:

    – Link interessantíssimo para refletir sobre a democracia emergente:http://www.trezentos.blog.br/?p=2193

    – Todas as pessoas possuem dentro de si um potencial de engajamento, politização, esclarecimento e espírito de solidariedade e colaboração. Todos tem causas individuais e coletivas a defender. Contudo, além de não querer ou não saber como se libertar do individualismo imposto pelo consumismo, há também o medo de que, se for “revolucionário” demais, sofrerá com a polícia assim como ocorria durante a ditadura militar;

    – Existe um preconceito fortíssimo de pessoas da esquerda clássica quando algum “burguês” resolve se engajar: acham que não é uma atitude sincera nem isenta de segundas intenções. Depois, com os privilégios da máquina do partido, acabam agindo exatamente da mesma maneira.

    – As pessoas são atraídas por CAUSAS. Causa independe de ideologia, de partido ou de formação de quadros políticos técnicos ou teóricos: o que incentiva as pessoas a participar presencialmente a partir de ações iniciadas online é principalmente a possibilidade de confiar na HORIZONTALIDADE, isto é, na sensação de ausência de hierarquia, de burocracia e de repressão no desenrolar da ação social. É o ato puro de ser ator da construção do próprio conhecimento e da percepção da sua própria identidade sem que seja mandano ou “catequizado”.

    []’s,
    Hélio

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