20 de novembro de 2025

0 thoughts on “128: Crise 2.0: A questão Ideológica (Post 127 – 81/2011)

  1. Arnóbio, parabéns! Matéria a ser lida nas Universidades, eu diria até
    no Colégio, a meninada sabendo o que é tudo isso, em FATOS

    ” desde 2008 a lista da Forbes agregou 31 novos Bilionários nos EUA, aumenta o fosso social. ”

    “Na Europa países inteiros estão sendo devastados com o repique da Crise, Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália (PIIGS), a combinação de falência local, dívidas impagáveis, governos corruptos e burlescos acentuou o cenário destes países.”

  2. Arnobio Rocha, parabéns pelo teu texto. Gera muitas reflexões. Mas vou ser sucinto. Nunca me deixei levar pelo canto das sereias vindo das mídias. Não houve o fracasso socialista porque simplesmente nunca houve socialismo nestes países usados como exemplo pela direita. E sempre procurando me ater aos problemas brasileiros, nunca me deixei enganar com esta história de que não há mais esquerda ou direita e que somos farinha do mesmo saco. A coisa não é bem assim. E a realidade por trás do que informa(?) a mídia dominada é bem diferente. Portanto nunca sofri deste mal e sempre tive uma ideologia para viver. Comunismo no planeta terra só existiu nas comunidades cristãs primitivas e que assim que foi criada a igreja católica e o primeiro papa, estes verdeiros cristãos e também comunistas passaram a ser perseguidos. É interessante e não posso deixar de mencionar o que disse Eduardo Galeano em um documentário exibido na TV Câmara: “Desde muito cedo aprendi a não confundir Cristianismo com Inquisição”. Acredito que o que não falta ao escritor do “As Veias Abertas da America Latina”, são ideologias. Após a perda da batalha de 1964, a guerra continua e a gora para se chegar ao socialismo temos que inicialmente aprofundar a democracia o que se dará com as reformas de base(política, tributária, educacional, agrária, judiciário, etc.), a democracia nas comunicações e a implementação da política de direitos humanos incluindo aí como fundamental a Comissão da Verdade.

  3. Li e reli, tentei me enquadrar aqui e ali, não sei se consegui. Quando o Muro de Berlim caiu senti estupor, sim, mas misturado a um grande alívio. Nunca fui trotskista: era uma velha comunista-marxista-leninista que odiava aquele muro e tudo o que representava — da ausência do direito de ir e vir dos alemães, passando pelos expurgos stalinistas na URSS, às invasões dos países do leste. Não gostei do esfacelamento da URSS, mas pensava: os povos dominados pelos russos têm direito a decidir seus destinos. E por aí eu ia, tentando me equilibrar entre minha natureza libertária e minha ideologia marxista (ainda acho que uma tem tudo a ver com a outra). Uma humanidade melhor é o objetivo final, eu pensava. Mas veio o neoliberalismo esmagador. Os povos da Europa Oriental comeram o pão que o diabo amassou, a periferia foi destrçada, o complexo industrial-militar se associou ao capital financeiro, que se associou a máfias, uma devastação. Ali eu me retirei mesmo, desisti, cheguei a me arrepender dos 15 anos de partidão, dos 2 anos de estudo em Moscou, tudo perdeu o sentido. Mas o fim da ditadura e em 2002 (finalmente) a vitória do PT no país da mais perversa elite do planeta me renovaram as esperanças. Aprendi. Reduzi drasticamente minhas expectativas (os jovens que façam a revolução): hoje, o que quero é o fim da miséria. E educação de massa, para que consigamos um dia atingir a educação de qualidade. Delas advirão o bem-estar social, o respeito às liberdades e aos direitos de nosso povo. E o mundo? Bem, esse jogo de xadrez tá cada vez mais difícil de vencer. Mas vamos conquistando um cavalo aqui, um bispo ali, perdendo peões, até a rainha… mas o jogo continua. Obrigada, Arnobio, você tem sido de grande ajuda para que eu me reconheça.

  4. Cumprimento Arnóbio pela tomada panorâmica que fez pelos últimos 30 anos de história. Muito importante esse apanhado porque permite àqueles que viveram talvez a metade ou pouco mais de sua vida nesse período, refletir sobre o significado para a epopéia humana no mundo o fim do século que passou e começo deste que se inicia. Situa os mais velhos e educa os mais jovens. Abraços,

    Luiz Cezar

  5. Mais uma vez meus parabéns e obrigada pela aula: magnífica. Não me deixo desanimar: a esquerda não está falida. O modelo de esquerda pensado até então, baseado no atagonismo Trotski x Stalin, sim, acabou, já era. Acabou o modelo baseado na ditadura,na dura repressão, isto tinha que acabar. Mas não o sonho de libertar os oprimidos, os pobres, de ter um mundo mais justo.Isto permanece e só pode ser viabilizado pelo socialismo, coisa que de fato nunca existiu.

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