2642: Fux, a banalização do MAL!

O vergonhoso voto do ministro Fux, reabre todas as chagas da divisão política.

O voto de mais 11 horas proferido pelo ministro Luiz Fux, foi como uma espada, longo e chato. Cansou a beleza e a feiura de todo mundo e surpreendeu pela indignidade contra o Estado Democrático de Direito e contra seus pares de STF. Sem nenhum rigor ou pudor ele NEGOU a história, não apenas a do Brasil recente, mas do mundo, a violência contra a Democracia, ganhou um capítulo à parte com esse voto tão infeliz.

Foi um voto ideológico e político, uma declaração de amor à extrema-direita, um manifesto contra a Democracia, com crassos erros jurídicos que não se permitira para um ministro da Suprema Corte do Brasil, mas parece que ele não teve nenhuma preocupação com o rigor em proferir o interminável voto, que rompe com qualquer urbanidade dele com seus pares da casa, ele ao invés de entrar para história, ele votou para sair da história, com um visto para Miami.

Esqueçam tudo o que fiz e tudo que votei até ontem, é um frase implícita no voto, não obstante ausente, é a conclusão possível, visto que Fux negou o óbvio, nem mesmo os advogados dos réus ousaram dizer que de que não houve tentativa de Golpe. Ele fez mais, negou a si mesmo, pois em 14 anos de STF nunca e em tempo algum foi juiz garantista, nem de longe.

A sensação de quem o ouvia, uma tortura, aflitiva audiência, interminável foi uma homenagem à brutalidade, à estupidez, digno de um tio do pavê e/ou a tia do zap, que vivem nesse mundo paralelo do terraplanismo em que suas opiniões estapafúrdias valem mais do que a ciência, do que o conhecimento milenar, apenas e tão porque seus achismos são a representação da “liberdade de expressão”

Fux fez ainda mais, além de negar todos os seus duros votos para condenar os peixinhos do 8 de janeiro (os tais velhinhos e velhinhas, o sorveteiro, a manicure), sem  que jamais Fux tenha alegado a incompetência “absoluta” do STF, ontem para os tubarões acatou todas as teses, negando atos e fatos dos chefes da intentona e que o julgamento deve ser completamente anulado.

O voto é consumação da vergonha alheia, ofende à inteligência humana, elaborado provavelmente usando a chamada Inteligência Artificial, simplesmente consegue dizer que não houve 8 de janeiro e os tais “malucos”, pela conclusão do voto, eram comandado por Mauro Cid, eventualmente por Braga Neto, que resolveram fazer uma “festa surpresa” para Bolsonaro, que vendado entraria no Palácio do Planalto , em 9 de janeiro e continuaria no poder.

Nada no voto do ministro Fux é digno de nota, NADA. Aliás, tem, poderia ser levantado que todas as nulidade acolhidas, o fez no tempo errado, deveria ter sido ao receber a denúncia, o que poder ter precluído mais de 4 horas de deselegância jurídica.

Fux nos surpreendeu para Pior (alguém tinha dúvida? mas ele se superou), de alguma forma ele dialoga com o bolsonarismo, a expressão do ódio político. Ele concorda objetivamente com os aquelas demonstrações de incivilidade da Paulista proferidas por Tarcísio de Freitas, tal qual fazia diuturnamente Bolsonaro, quando ameaçava seus adversários, inclusive seu colega de STF, o ministro Alexandre de Moraes.

A Liberdade de Expressão é a nova EXCLUDENTE DE ILICITUDE, ao ser evocada, nada é proibido, para essa tal de Liberdade de Expressão ele criou o condão de permitir qualquer prática criminosa, especialmente do réu Jair Bolsonaro (de Tarcísio), que suas falas não podem ser qualificadas como golpistas e nem cometeria crimes.

É o voto do pavor, da indignidade, expôs os ministros e ministra para serem vítimas das hordas selvagens da Internet, o que vem a indagação central:

Por que fez esse voto?

O que decorre para a próxima questão: Para quê? E desta, para quem?

Pesadelo para todos e todas que defendem a Democracia e o Estado de Direito, ainda que se saiba, que ao fim e ao cabo não mudará o resultado do julgamento. No entanto, o voto de Fux deu voz ao discurso do Ódio à Democracia e às instituições, deu razões ao Trump para atacar a Soberania Nacional, a boçalidade vibrou!

Triste.

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Author: admin

Nascido em Bela Cruz (Ceará - Brasil), moro em São Paulo (São Paulo - Brasil) e Brasília (DF - Brasil) Advogado e Técnico em Telecomunicações. Autor do Livro - Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded.

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