2629: Embargo econômico dos EUA contra o Brasil se consolidará?

O Presidente Lula e o Vice-Presidente Alckmin com a dura missão de enfrentar as ameaças dos EUA.

No dia em que os EUA tinham anunciado o que convencionou de “Tarifaço”, principalmente pela midia corporativa, depois pelo próprio governo, escrevi um artigo (O Embargo Comercial dos EUA ao Brasil: Caiu a máscara do “patriotismo” bolsonarista!), em que afirmava que não se tratava de medidas econômicas, mas sim Políticas e ideológicas, portanto era algo que se aproximava de um Embargo Econômico ainda não tão direto como o feito contra Cuba ou Venezuela.

Ali escrevi que:

A carta enviada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, ao Presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, é uma afronta política, uma chantagem política que pode se traduzir como EMBARGO econômico, o que na prática é condenar uma relação comercial histórica por uma Ideologia, esse comércio no ano passado chegou aos 80 bilhões de dólares (a soma de importações com exportações), com superávit em favor dos EUA.

O mês de julho foi tenso, cada vez mais que se aproximava a data fatal, 31.07, da parte “econômica” das medidas, dias antes, a parte “Ideológica” e de pressão “Política” se tornou mais aberta e abjeta, primeiro cancelaram vistos de entrada nos EUA de 8 dos 11 ministros do STF (exceto os alinhados com a extrema-direita: Kassio Nunes, Luiz Fux e André Mendonça), mais o do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet.

Logos em seguida, o Ministro Alexandre de Moraes foi “condenado” por uma decisão expressa do Presidente Trump a não poder ter nenhuma conta, cartão de crédito, propriedade nos EUA, baseado numa lei esdrúxula, Lei Magnitsky, aprovado no governo Obama e usada para congelar fundos ligados pretensamente à máfia russa, depois tornada “universal”, para os inimigos do império, não importando o país e as relações com os EUA.

No dia 30 de julho, houve um recuo (adiando para 06/08 o início) quanto à extensão do “tarifaço” sobre as exportações brasileiras, diminuindo sensivelmente o prejuízo, no entanto, o discurso e as ameaças Políticas e Ideológicas contra a Soberania do Brasil continuaram e personagens secundários do Departamento de Estado, inclusive o representante dos EUA na embaixada (não há embaixador nomeado desde janeiro de 2025), que trata de ofender o Brasil.

A temperatura tem aumentado esses dias e se revela ainda mais que não se trata de uma questão apenas econômica contra o Brasil, o BRICS, as relações de comércio sem o dólar, o PIX que não precisa dos cartões de crédito dos EUA, mas há uma afirmação de império comandado por um Coringa, alguém sem escrúpulos, sujo, mas que tem um método, que pode-se não concordar que é reestabelecer o império, sem dar chances de políticas independentes.

O Brasil é um campo fértil para essa política extremista e tem grande aceitação, pois a extrema-direita (aquela que se dizia patriota) do clã Bolsonaro e seus aliados no fundo odeiam o Brasil, é grupo mesquinho, uma milícia (by Xandão), tem uma identidade com a burguesia “nacional”, peso nas FFAAs e domina o Congresso, a parte mais rica dos estados com governadores e prefeitos, a mídia corporativa, a força das big techs e algoritmos inferindo nas redes sociais.

Por mais que o Governo Lula, parte da sociedade, parte do STF, parte do Congresso grite por Soberania, que Lula e Alckmin sejam cautelosos e pragmáticos, o outro lado está traindo Brasil e trabalha para os EUA para minar o seu país, aliás, eles passam informações sigilosas e estratégicas para o outro lado.

A medida anunciada hoje sobre o médicos cubanos reforça duas coisas, a questão ideológica o sentido de EMBARGO. Soma-se a isso o cancelamento das agendas para tratar das tarifas. As falas sobre Fernando de Noronha e espaços vitais do Brasil indicam para onde escalonam a pressão e as ameaças.

O Brasil está sob ataque direto, não se pode menosprezar os riscos, mais, não há outra saída que não seja a resposta interna de politização do debate, identificar os TRAIDORES da Pátria, tomar medidas fortes contra eles, sem vacilações ou receios, pois a institucionalidade está em perigo. O caminho não foi escolhido pelo Brasil, muito menos pelo Presidente Lula.

É defender o Brasil, custe o que custar!

 Save as PDF

Author: admin

Nascido em Bela Cruz (Ceará - Brasil), moro em São Paulo (São Paulo - Brasil) e Brasília (DF - Brasil) Advogado e Técnico em Telecomunicações. Autor do Livro - Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded.

Deixe uma resposta