
O Brasil é uma nação gigante com mais de 200 milhões de habitantes, um território imenso que o faz o 5º maior do mundo e está entre as 8 maiores economia do planeta, com uma diversidade e biomas fundamentais para a humanidade. Um solo riquíssimo, áreas imensas de extrativismo, agricultura e pecuária, que é um celeiro alimentar global. Produção substancial de petróleo e um complexo enérgico renovável e limpo, tem empresas com capacidade e inovação, uma economia complexa e é baseada em múltiplos setores, não dependente de um único, ainda que a produção primária seja ainda predominante.
O país é uma Democracia que passa por solavancos, golpes, tutela militar, mas que se reafirma e luta consigo mesmo para se manter como nação livre e independente, sem submissão política e econômica de nenhuma nação estrangeira. Tem presença pequena, mas crescente no comércio mundial sem dependência exclusiva a nenhuma país e/ou blocos econômicos, participando de organismo multilaterais e foi decisivo na criação do Mercosul, do G20, do BRICS, do conceito de Sul Global, o que lhe deu relevância na Diplomacia internacional, um importante país na ONU e nas relações de paz e de defesa do Meio Ambiente, da defesa do clima e na luta contra a fome.
Esse protagonismo mais forte nesse novo século, com uma visão ousada e aproveitando as oportunidades de se inserir nos debates fundamentais sobre o destino do planeta, especialmente nas questões ambientais, preservação e economia baseada na inclusão, criou resistências internas e externas, agendas ligadas ao velho imperialismo e o florescimento da extrema-direita renascida nos escombros da crise global de 2008.
A rearticulação do reacionarismo capaz de derrubar uma Presidenta eleita, sem crime, prender um ex-presidente e eleger o pior dos seres humanos, é parte de uma resistência contra a possibilidade de o Brasil se afirmar como Nação, o mais contraditório é o uso dos símbolos nacionais, patriotismo, usados contra o país, apenas agora se torna evidente e cristalino, tanto nas forças do bolsonarismo e seu entreguismo atávico, como também da mídia corporativa, porta-voz do rentismo, dos especuladores e dos setores que são contra o desenvolvimento econômico, político, social e diversidade.
A maioria congressual, nos governos estaduais dos estados mais ricos, reflete a Hegemonia Política da extrema-direita, conquistada com muito dinheiro do Orçamento, dos subsídios trilionários e dos juros altos.
O Governo Lula III, um governo de aliança ampla até com parte da Direita, que repôs o Brasil na agenda do mundo, fez crescer o PIB, emprego e renda e mais uma vez tirou o Brasil do mapa da Fome, entrou numa rota de colisão com a extrema-direita encastelada no Congresso, e este cenário contraditório, que caminhava firmemente para emparedar o governo, uma série de duras derrotas no parlamento vetos e a IOF, no entanto, houve uma reação firme do governo, com repercussão na sociedade e nas redes socias, uma reversão de expectativas justamente depois que impingiram tamanhas derrotas.
Para tornar pior o cenário, o Presidente dos EUA, Donald Trump, publicou uma carta de ameaça política e jurídica contra a Soberania Nacional, que caso não seja cumprida a “liberdade” do Réu Jair Bolsonaro, o Brasil será retaliado com “tarifaço” de 50% sobre suas exportações, o que inviabilizaria alguns setores, mesmo que o impacto seja de apenas 1,8% do PIB, cria uma espécie de medo e ansiedade sobre o futuro. Essa iniciativa vinculada à extrema-direita da família Bolsonaro, teve apoio de Governadores como o de São Paulo, Tarcísio de Freitas e parte do Congresso, um crime de lesa-pátria explícito.
A mídia corporativa ficou feito “barata voa”, ora condena a ameaça, ora compra o discurso de que a responsabilidade é do Brasil, como se a vítima da violência é a culpada. Alguns mais ousados EXIGEM que o Presidente Lula ligue e/ou seja humilhado publicamente por Trump, assim como o Presidente da Ucrânia. Ao mesmo tempo, a mídia global, acompanha com entusiasmo a resistência e a seriedade do Brasil, em não retaliar por impulso, mas de se mostrar firme em negociar, hoje o prêmio Nobel de Economia, Joseph E. Stiglitz, escreveu um grande artigo “A brava posição do Brasil contra Trump” diz no subtítulo que “Sob a liderança de Lula, o Brasil optou por reafirmar seu compromisso com o Estado de Direito e a democracia”
O vice-presidente e ministro do desenvolvimento, Geraldo Alckmin, lidera os negociadores brasileiros junto à competente diplomacia do Itamaraty, para trazer à mesa os EUA, aparentemente, a orientação de Trump é não conversar com o Brasil e, sim, impor uma humilhação pública, como afirmaram um grupo de senadores que estão nos EUA nesse esforço de abrir canais de negociações afim de evitar as tais tarifas. Ao mesmo tempo os ministérios e os empresários estão trabalhando junto alternativas para mitigar os prejuízos e buscar novos mercados, inclusive o interno.
O Brasil tem uma oportunidade histórica de se afirmar como Nação Soberana e livre, a despeito de todas as ameaças externas e dos acólitos locais.