
Sit down beside me and stay awhile
Let our hearts do their parts
With wine and words to meet the hours
So the day never starts
(Sit down beside me – Patrick Watson)
Abobado!
Como levei quinze anos, repito: Quinze Anos, Para conhecer essa maravilhosa canção (Sit down beside me – Patrick Watson), que de tão tocante, logo na primeira escuta senti toda a sua beleza, aquela coisa que se diz que é da estranheza que se percebe um clássico. É aquilo que cala mais fundo nos nosso ser e muda nossos sentidos, tira o fôlego e ficamos perdidamente apaixonados pela música, por uma ária, por uma canção, uma poesia, um livro todo, ao ver um filme, admirar uma pintura, ou uma escultura, algumas vezes um único gesto em cena no teatro nos arrebata, pois, apenas, e sempre digamos que:
A Arte nos salva e nos redime.
Ela nos salva de nós mesmo, de nossa natureza bruta, traz sensibilidade, e nos coloca diante de outras possibilidades, redimindo a humanidade do ser destino cretino e cruel, nos protege de nossa inteligência (real o artificial) quase sempre usada contra a beleza, a vida e o amor. É o paradoxo do mal, ao mesmo tempo que vai nos remeter a uma questão ainda mais complexa, de que se há realmente o bem, visto como aquele que é o objetivo da felicidade (eudaimonia), como nos ensinava Aristóteles, de que a felicidade é fazer o bem, praticar as virtudes e viver plenamente.
Ou a dualidade entre eles nos açoita lado a lado?
De certa forma, encontrar uma música que nos toca, é uma redenção de dias ruins e terríveis, o que obviamente diz para mim, pode não se aplicar para si, não obstante, trago para minha memórias esse belo encontro, partilhando-o para alguém.
Sit down beside me and stay awhile
Till the night runs away Till the morning rises and we part away Till the end of our days