Uma longa reportagem do Uol/Folha (quando querem fazem jornalismo, assim como a edição histórica do Jornal Nacional de ontem) cuja chamada é “Quatro linhas é C…“, tirada de uma frase de uma troca de mensagens entre o General Mario Fernandes e o coronel Reginaldo Vieira de Abreu em que este revoltado com a frase de Bolsonaro sobre a Constituição que joga dentro das quatro linhas, ao mesmo tempo em incentiva o GOLPE, mas não quer aparecer e isso irrita os demais, tem-se uma imagem de um vacilão, covarde, falastrão e pusilânime.
Mas essa Frouxidão não impede a marcha do GOLPE, enquanto o general Mario Fernandes operacionaliza a ação, inclusive imprime o plano “Punhal Verde Amarelo” no Palácio do Planalto, depois da reunião na casa do General Braga Neto, o vice de Bolsonaro, que foi chefe da defesa, depois ministro da Casa Civil, antes INTERVENTOR da Secretária de Segurança do Rio de Janeiro, no Governo Temer.
Naqueles dias, posteriores à derrota de Bolsonaro-Braga Neto, começam a operação do GOLPE, evento tratado de forma aberta numa reunião presidencial em que o General Mario Fernandes, fala sobre um novo 1964, no momento em que o mote de Bolsonaro era atacar as urnas eletrônicas, uma obsessão de que eram passíveis de fraude, passou a tentar ele mesmo meio de corromper o sistema, com hackers e teorias da conspiração sem sucesso, apenas criar o imaginário de “fraude na urnas’ no seio do bolsonarismo, os mais radicalizados acreditam piamente, é uma fé religiosa, um dogma.
Os grupos se dividiram em frentes de “combate” cabendo, aparentemente aos generais Braga Neto e Mario Fernandes, a parte armada, de MATAR Lula e Alckmin por “envenenamento” em comida ou “substâncias químicas”, enquanto ao Ministro Alexandre de Moraes, a morte viria numa emboscada, que por muito pouco não se consumou, conforme as provas coletadas pela Polícia Federal, o grupo estava de tocaia no caminho em que ministro faz para sua casa em Brasília, mas naquele dia, ele fez mais cedo.
O outro núcleo, comandado pelo Bolsonaro era a de elaboração da “Minuta do Golpe”, com fundamento e participação, pelo que se leu, do jurista Ives Gandra. A Minuta encontrada nos arquivos do Tenente Coronel Cid, o ajudante de ordens de Bolsonaro, uma espécie de “faz tudo”, inclusive de vender joias, liberar presentes, demonstra de forma cabal que o país entraria numa ditadura, membros do STF e do Congresso seria presos e retirados dos seus mandatos, tudo isso em nome de Deus, Pátria e Família, a trilha sonora de todo Canalha.
Esses dois mundos, ao que consta, tinham no ajudante de ordens o elo, aquele que ditava os andamentos das ações e num trecho interceptados em que Mario Fernandes diz que o presidente deu a ordem de seguir em frente, inclusive a ação poderia ser feita no dia 12 de dezembro de 2022, dia da diplomação de Lula e Alckmin, em que os bolsonaristas fizeram arruaças em Brasília, uma espécie de “distração” para execução do plano macabro contra Lula e Alckmin.
Numa conversa posterior, Mario Fernandes pressiona Cid, de que estão perdendo oportunidades (de Matar o “vagabundo”), que ele, Cid, entraria numa reunião do alto comando das forças armadas, em que Bolsonaro apresentaria a tal minuta, que ele fosse firme, que não vacilasse, manda um vídeo dos acampamentos do “imenso apoio popular” à intentona. Cid responde de forma reveladora, que Bolsonaro é um VACILÃO, enrola, enrola, fica contando os apoios, o que não impede que a Minuta seja discutida OFICIALMENTE, nem que o plano militar de matar os três prosseguisse.
Foram dias tensos, muito piores do que poderíamos supor, até porque a Esquerda pensava corretamente que Bolsonaro era bravateiro, mas foi por muito pouco que mesmo vacilante não provocasse uma TRAGÉDIA nacional, por muito pouco não mataram o ministro Alexandre de Moraes, por muito pouco Lula, que era vigiado por um delegado da PF que era da sua segurança, também não fosse morto, até mesmo o Vice-Presidente, Geraldo Alckmin.
Essa banda podre deve responder por tudo, a cadeia de comando mais ainda, Bolsonaro, Braga Neto, os empresários que davam suporte material, os políticos e a família de Bolsonaro, dos intelectuais do golpes como Gandra entre outros. Há que se refletir sobre o papel da mídia corporativa que além de conivente com Bolsonaro, ainda dá espaços para ele e seus aliados.
Muitas vezes lendo as mensagens, o tipo de gente golpista, percebe-se como se gasta milhões com gente tão ruim nas forças armadas, nem uma sutileza, traço de inteligência, nada, é pura mediocridade e lugar comum, zero sofisticação.
Por fim: ANISTIA É O Ca….