Arnobio Rocha Reflexões Tudo por um mero acaso, a vida!

2476: Tudo por um mero acaso, a vida!


A nossa doce humanidade e suas certezas.

Há muito deixei de acreditar em acaso, ou em coincidências, nem mesmo em coisas aleatórias, simplesmente a vida acontece, para bem ou para o mal, sem querer quebrar as ilusões alheias, nem ser apenas mais um cínico.

Talvez seja apenas mais pragmático, viver e morrer em cada dia, um a mais que passa, outro que virá (caso realmente venha), nada espero, que aconteça, numa expectativa de que seja bom, mas sem temor do que possa vir, mas sem me antecipar e sofrer, muito além da minha cota de desgraça.

É ir devagar, nada de pressa, ora, se D’Us criou tudo em seis dias, ainda descansou no sétimo, ele deve curtir um fim de tarde, bebendo algo e anotando os pecados de cada um no Google Drive Celestial, para os que creem nele e em mais tantos outros.

Por outra mão, num milésimo de segundo do nada tudo explodiu, e os bilhões de anos em nossa contagem, tudo se formou, se fez ordem no caos, ou apenas se estabeleceu um caos que por otimismo acreditamos que seja ordem, nessa inteligência singular, a humana, capaz de criar deuses, de matar outros, inclusive humanos, sua casa e espaço vital.

Como poderia viver lendo horóscopo ou acreditar em fenômenos que servem de controle e conforto de que tudo seria legal e tudo ficaria bem, claro, dão certo sentido à vida ou provocam mais desespero, escolham.

É isso e mais um pouco, a 10 mil pés, sem nada a fazer, apenas esperar pelo pouso, entre indiferença, risos e cinismo.

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