Todo domingo é uma repetição, é o ponto de retorno de Sísifo, tudo o que foi feito retorna rolando sobre mim, uma espécie expiação e as dores se multiplicam, aquela sensação de vazio, de ocaso humano, coincide com fim do dia, sem sol, sem luz e esperança.
Particularmente a combinação, domingo e 18, trazem-me de volta ao mesmo cenário que assombra minha vida, que temo nunca se fará luz, nem mesmo suavidade, é como um reviver terrível de algo que não posso enfrentar, apenas senti e doer.
A luz talvez venha do magnífico Templo Matriz da Federação Budista Sul Americana Jodo Shinshu Honpa Hongwanji, pertinho da minha casa em São Paulo, que tantas vezes o vejo e admiro aquela arquitetura estranha e bela, a foto foi tirada ao acaso, há poucos dias, embaixo da encosta de uma rua interditada, assim como a vida.
A vida muitas vezes se apaga em nós, assim, não encontramos um archote que possa iluminar o labirinto que é a nossa mente, muito menos o fio de Ariadne, apenas o monstro que nos habita domina a cena, a força da libertação é a única saída, alguns sucumbem, outros luta, teimam em viver.
A iluminação, há iluminação, precisa-se de iluminação!