A foto que o meu querido Juarez Tavares me enviou, de um zoológico em Paris, início do Século XX, com crianças africanas, asiáticas e sul-americanas, as atrações para a civilizada França, isso bem antes do nazi-fascismo, do holocausto, as mesmas práticas já executadas na África e América, Ásia, Oceania.
O “padrão” de civilidade no mundo é o europeu e, dos EUA?
Por que aceitamos como pressuposto e como validade? Somos sabedores de que eles apagaram as milenares culturas do norte da África (Egito, Líbia, Etiópia, entre outros), a cultura arábica, Mesopotâmia, dos Persas, da Índia, dos chineses, e como eles, apenas eles, europeus e seu irmão, os EUA, se tornaram padrão de cultura?
A cultura do genocídio na América dos povos originários, milhões de mortos, destruição de sofisticadas civilizações, Maias, Incas e Astecas. Depois o lucrativo mercado da escravidão, por séculos. Sem esquecer da e exploração até os anos 70 das “colônias” na África e na Ásia, tendo a morte como padrão civilizatório, de doutrinação religiosa e de imposição racial, isso bem antes de Hitler, Mussolini.
Por que aceitamos isso, inclusive, a definição de qual é o padrão do que é genocídio?
É esse padrão civilizatório, violento, racista, excludente é o mesmo que vai dizer o que é democracia e qual comportamento “humano” e cultural são os aceitos, mesmo depois de destruir culturas em todos os cantos do planeta, em todos os continentes, inclusive, promovendo duas guerras “mundiais”.
É óbvio que não se trata de desprezar o que se produziu de cultura, artes e avanços científicos e tecnológicos nos EUA e Europa, mas de como se impõe tudo isso como padrão e apaga-se as demais culturas e quem diz que os povos originários que sobreviveram devem aceitar esse modo de vida?
Até quando?