- “Curei nos homens a preocupação da morte. (…) Alojei neles as cegas esperanças” (Prometeu Acorrentado – Ésquilo)
Acabei de participar de uma live com um especialista, Professor Doutor Davis Alves, em Tecnologia, Privacidade, Proteção de Dados e Cybersegurança sobre as Tendência para 2024 de Cybersegurança e LGPD, uma aula de mix sobre geopolítica, conflitos, guerras, formas de guerras cibernéticas, a desaceleração da economia chinesa, o avanço da Índia e Brasil nesse campo, e questões mais específicas de Tecnologia e Proteção de Dados.
O corte não era propriamente político, mas de questões e tendências tecnológicas, os temas mais avançados na área de Tecnologia e Segurança de Informações, Internet, Redes Sociais e Inteligência Artificial, Fakenews e Engenharia Social.
Entre as boas questões conversada, o interessante debate sobre o que é Inteligência Artificial (IA), os conceitos e o seu uso mais amplo na sociedade. Em síntese: A IA não substituí os seres humanos, mas mudará a forma como os humanos usarão todas as tecnologias atuais, quer sejam devices (smartphones, notebooks, smarttvs), assim como softwares, como Google, Youtube.
A IA criará novas profissões que partem da IA, outras serão absorvidas pelo conceito de IA, não é o apocalipse, como erroneamente tentam dizer, o desemprego em empresas de tecnologia não são pelo advento da IA, mas passaram a ser atribuídos a ela, sem nenhuma razão própria.
A Inteligência Artificial (IA), a primeiro momento, como falamos no post (A Inteligência Artificial não tem Autonomia de Pensar!) só age naquilo que foi mapeado, tabulado, pelo ser humano, aquilo que o humano transformou em dados e informações, então ela, a IA, consome e faz milhares tarefas lógicas centenas de vezes mais rápida do que o ser humano, não que ela pense por nós, ela executa de forma mais eficaz.
Repise-se: O comando humano é fundamental ele diz exatamente onde e como a IA vai atuar, ela não adquire inteligência autônoma.
O uso da IA gera uma série de tendências para esse ano e os próximos, algumas apontadas são terríveis e preocupantes, a saber:
1. Haverá aumento dramático de ataques por engenharia sociais com uso de IA, tanto econômico, fraude pessoais, roubos de imagens pessoais e chantagens, por exemplo, chamadas por fone ou via whatsapp, dizendo ser de banco A, B ou C para que se confirme uma transação, em regra rouba senha do whatsapp ou da própria conta bancária, cartão de crédito.
2. Aumento exponencial das Fakenews por IA e Engenharia Social, graças a IA. Pela definição de IA acima, concluímos que a IA é ótima para amplificar fakenews e golpes de engenharia social. Em contrapartida, a IA não é eficaz e sem habilidades emocionais que possam bloquear ataques vindo por inteligência artificial ou não, por não saber discernir as sutilezas de um golpe, de uma mentira bem enredada, não há treinamento para essas habilidades, ou seja, a IA não consegue detectar um ataque de engenharia social.
3. O combate nas sombras dos celulares, computadores pessoais e ou corporativos, com um novo tipo de ataque, malware, conhecido como stealers, que não apenas invade, mas estuda quais as melhores informações que podem produzir maiores estragos para pessoas e empresas, fazendo chantagens mais focalizadas e eficazes, burlando sistemas e defesas.
4. A Democracia corre mais riscos com IA, entre outras questões, pelo “encantamento”, vista como Mito e verdade, que impedem uma visão crítica, que, pior, não ajuda a combater as armadilhas produzidas pela IA, na verdade por humanos, que usam a IA para amplificar as fakenews, por exemplo.
5. A vida pessoal vai ser mais vigiada, o cruzamento de informações, acesso às imagens de câmeras, em qualquer lugar que frequenta, a privacidade será mais atacada por essas informações, não apenas a fornecida livremente nas redes sociais abertas (Instagram, Facebook, Tik tok, Whatsapp) combinada com sistemas de imagens e outros dados públicos. A IA será usada para juntar de forma automatizada as informações dispersas.
Será um ano ainda mais difícil.