Faz parte da vida, ou do que chamamos de vida, a estratégia pela sobrevivência, se possível, com dignidade, com uma certa consciência social, sensibilidade e compaixão com os mais vulneráveis, aquilo que dizemos ser Direitos Humanos, o que nos difere das feras.
Um sábado qualquer, de um dia abafado, calorento, do chove e não molha, mas esses dias molha mais e chove. O movimento dos carros não é intenso, reflexo das férias da cidade, o café coado, não é muito saboroso, é o complemento do cenário enfadonho.
No oitavo mês aqui, em Brasília, é dia de um imenso agradecimento à cidade, às pessoas, sua gente, pois sou apenas mais um entre os milhares forasteiros que se incorporaram à paisagem, de quanto em quanto, ao sabor eleitoral e das predileções, alguns vem e não voltam mais para seus lugares, outros, uma brisa, não sei o que de mim será, mas é preciso agradecer.
A cidade é o que ela é, o seu modo de ser, a sua estupenda arquitetura, os monumentos incríveis, a teimosia da natureza em abraçar o concreto, é impossível não se admirar por tanta beleza e da enorme criatividade humana, a sabedoria de erguer algo tão impressionante, no meio de um lugar onde nada havia, transformada em vida, histórias de vidas, amor e recomeçar para um povo, uma esperança.
A coragem de fazer!
Para nós que viemos de fora, de longe, de outras histórias, outras gentes, com esperança, ou desespero, mas aqui abriu-se uma oportunidade de ser, então tem que ser o que a cidade e seu povo pedem, se misturar e amar, respeitar as coisas e costumes, abraçar o acolhimento, mesmo que muitos sejam desconfiados de nós.
Meu agradecimento!
PS: Aos amigos-irmãos, Fausto, Marilena e Laiza, a generosidade de vocês tornou possível a minha vinda e acolhida, eternamente me emocionarei com a atitude e amor.