Foi muito chocante saber que o “Chandler” (Matthew Perry) da famosa série Friends tinha falecido, ontem, 28 de outubro, aos 54 anos. Na hora não quis ler nada, apenas hoje, dia seguinte, vi uma reportagem descente na Globonews, depois vi que ele era 19 dias mais novo que eu, nasceu em 19 de agosto de 1969, não fazia ideia, soube quando olhei a pouco na Wikipédia.
Friends, a série (sitcom americana) foi criada por David Crane e Marta Kauffman e teve uma longa vida, por 10 anos, as 10 temporada (da NBC entre 22 de setembro de 1994 e 6 de maio de 2004), com um total de 236 episódios, e é de grande influência e assistida, mesmo depois de 20 anos do seu fim, uma bobagem engraçada e um passatempo sem compromisso, que pode ser visto aleatoriamente, sem prejuízo.
O elenco fixo: Rachel Green (Jennifer Aniston), Mônica Geller (Courteney Cox), Phoebe Buffay (Lisa Kudrow), Joey Tribbiani (Matt LeBlanc), Chandler Bing (Matthew Perry) e Rossi Geller (David Schwimmer). Mesmo diferentes, deu liga e garantia as boas piadas partindo do local em que se encontravam, no Central Perk, um café no bairro de Greenwich Village, na ilha de Manhattan, na cidade de Nova York.
Não tinha muito interesse na série, até que um amigo me emprestou os dvds de todas as temporadas, no fim de 2007, acabei vendo todos os episódios, depois comprei a coleção (sem jamais ter aberto o pacote).
Friends passou a ser uma comunicação com minhas filhas adolescentes, Letícia e Luana, elas adoravam a série e por tantas vezes vimos juntos, eventualmente a Mara via. A minha sobrinha Giovana e minha irmã, também amam Friends, aliás o café, a proposta é uma forma de nos encontrarmos e rir. Cada um de nós tem um personagem predileto, uma identidade.
De certa forma Chandler (Matthew Perry) sempre foi o personagem mais complexo, uma tensão interna, que ultrapassava a bobagem descompromissada dos demais, era como um irmão mais velho, as incertezas do futuro, do amor, sexualidade e vida.
Friends é o auge de todos eles, sucesso, mas também uma maldição, pois cada um deles e delas ficaram marcados e não conseguiram se desvincular dos seus personagens, o que talvez explique a atitude extrema do ator, as frustrações humanas, a força da vaidade e do fracasso, de não saber ser o que vem depois, a vida parou no Central Perk.
Boa viagem, Matthew Perry.