A presença de Lula na ONU se revestiu de história, superou todas as outras vezes, pelo significado da volta de Lula e do Brasil. A história de um homem que foi ao inferno e ressurge brilhante, sereno e muito assertivo, que pôs no centro do discurso uma estratégia global de mundo, as suas contradições e as saídas, as urgências.
Lula traz ao debate a DESIGUALDADE, o que ela representa na economia mundial, as consequências catastróficas da concentração de renda e das responsabilidade de quem domina o PIB e mais poluí e não tem compromisso com a urgência climática, hoje se converteu na maior expressão da desigualdade mundial e que mata pela FOME, MISÉRIA e pelas tragédias climáticas.
A visão idílica sobre a Amazônia não ajuda à proteção da região, as promessas de ajuda para combater a urgência climática e aos países pobres, na época de 100 bilhões de dólares, nunca passou de promessas, ao mesmo tempo em que se gastou 2 trilhões com armamentos, destes 83 bilhões em armas nucleares, o que leva mais uma vez ao abismo da guerra quente.
As liberdades de imprensa não pode tolerar a prisão de Assange, nem conviver com novas mídias que concentram poder e uma nova ordem de mentiras que ferem de morte a democracia, a política, o Estado e as nações. Criando um simulacro de representação e aventuras neofascistas.
O Brasil voltou para o cenário mundial e essa palavra não é vazia, a luta pela igualdade de gênero (iguais oportunidades e salários), o combate à violência e feminicídio, a promoção da igualdade racial, o direito da sexualidade livre, sem perseguição e muitas vezes, a morte.
O mundo convivendo com guerras regionais, que ameaçam vários países da África, não garante um país palestino, não responde a situação caótica do Haiti e agora um grande risco com a posse do eleito na Guatemala, sob risco de um golpe estado. A guerra da Ucrânia que se prolonga e cria uma grande instabilidade na Europa e no mundo. E o embargo à Cuba é um capricho contra a ilha e seu povo.
Por fim, Lula, lembra da necessidade da ONU reafirmar seus valores, sua importância, cedendo novos espaços aos seus membros e suas representações nos seus organismo. Os órgãos e entidades multilaterais que não atendem as demandas do mundo, o FMI deu 166 bilhões para Europa e apenas 34 bilhões aos países africanos.
Lula é uma espécie rara de grandes estadistas do mundo, uma trajetória que é quase autoexplicativa, mas que não cansa de nos surpreender ao mundo, mais um dia histórico.