O universo surgiu há 13,5 bilhões de anos de uma explosão, numa fração de segundos, o chamado Big Bang criou a possibilidade de existência como a nossa, nesse planeta, que levou 9 bilhões de anos para se formar, com o resfriamento da sua superfície e o advento do Sol e desse sistema em que a Terra é parte, há 4,5 bilhões de anos.
Entretanto, somente há 200 mil anos uma linha de homens se separou definitivamente de outras linhas dando origem ao que se define como humanidade, o processo de vida associativa, comunidade, é ainda mais recente, não mais que 10 mil anos, a escrita, há 5 mil anos, com o desenvolvimento de cidades e civilizações, do oriente médio, norte da África, sudeste da Ásia, com frações menores que habitaram as ilhas da Polinésia até a Austrália.
A vida humana é uma fração milionésima diante do grande tempo da formação dos sistema solar e das galáxias.
É quase acidental (?) a existência humana, mais ainda, que em tão pouco tempo a humanidade atingiu um grau de maturidade e desenvolvimento técnico e científico espantoso, como também criou as possibilidades destrutivas de toda sorte, colocando em risco não apenas a sua existência, como a de todos os seres vivos.
O ser humano é espantoso, em todos os sentidos, pois evoluiu extremamente rápido, dominou todas as artes da natureza, aprendeu e desenvolveu técnicas inacreditáveis, continua a criar realidades assombrosas, exercer toda sua generosidade, ao mesmo tempo, um lado B terrível, corrosivo e destruidor de si e dos que os cerca.
No mesmo instante em que criou condições de produção de bens e serviços inimagináveis, convive com extrema pobreza, miséria e condições inumanos, como se nada tivesse acontecido, ou que não precisa responder eticamente pelas condições miseráveis que submete parte significativa da humanidade.
São contradições que estão além da razão comum, pois cria-se uma miragem ideológica para justificar todas essas mazelas, os extremos, entre outras questões abomináveis. como guerras e genocídios.
As cenas dos Yanomamis em estado de inanição, famintos, mortos, são devastadoras, quase um aviso apocalíptico de que esse curtíssimo e breve tempo humano, se esgotou, sua extrema inteligência foi incapaz de controlar sua natureza destrutiva, por nada.
É o fim?