“Um espectro ronda o Brasil – o espectro petista” (parafraseando o Manifesto Comunista – a visão golpista de mídia)
A Mídia PATRONAL brasileira sofre de uma grande mal: A indigência intelectual e dela decorre a submissão canina de jornalistas aos seus patrões, na maioria das vezes eles são mais realistas que o rei, jornalistas defendem aquilo que eles acham que mais agradará aos seus chefes, diretores de redação e aos donos da (ex) grande mídia.
A breve trégua com Lula e a esquerda durante parte do governo Bolsonaro (sem nenhuma mea culpa do apoio a sua candidatura em 2018) era por excesso de obviedades da ruindade do ex-presidente, seus modos e absoluta incivilidade, mesmo nessa “oposição”, a (ex) grande mídia, encontrava um jeito de apoiar Paulo Guedes e suas medidas de destruição da Economia e da soberania nacional, aliás, não existiria governo Bolsonaro, sem Guedes e vice-versa.
Ainda durante a transição se percebeu claramente que o clima ameno para derrotar Bolsonaro, tinha acabado. Para eles, (ex) grande mídia, que tiveram que engolir o “sapo barbudo”, foram ressuscitando velhos ódios ao Lula e ao PT, aos seus quadros que seriam ministros, numa tentativa de colocar um “guizo” no futuro governo, domesticá-lo, se não desse certo, emparedar e ameaçar.
A melhor tática é sempre falar de autoritarismo, e o “fantasma do comunismo“, um delírio que embala o tesão da mídia, um verdadeiro sonho erótico, ou seria uma perversão erótica, uma tara?
Enxergar essas ameaças, pior, divulgá-las como verdade em matérias e editoriais, é parte de uma luta ideológica histórica, mas que parece feder a morfo, de tão velhas, naftalina e burrice, pois Lula foi duas vezes presidente, Dilma, por 5 anos e meio, nunca houve qualquer sinal de ruptura, mas essa insistência é pura fantasia pornográfica.
Um governo de reconstrução nacional, com tantas tarefas democráticas, elementares que terá que tratar de questões como marco civilizatório, de reafirmação de valores ético e humanos, respeito à ciência, ao meio ambiente, aos direitos humanos, sociais e trabalhista, não deveria ser atacado previamente, como se não tivesse acontecido no Brasil de Temer-Bolsonaro, e o mal que fizeram ao Estado Nacional, contra Democracia, à Política e às instituições públicas.
Por outra mão, insisto, que não entendo como alguns do nosso lado se iludem por terem uma coluna ou eventualmente escreverem numa página, um artigo, num desses ex-jornalões, como se plurais fossem. Ou mesmo com uma entrevista na Globonews, CNN, Bandeirantes, essas migalhas que servem apenas para justificar o o mau jornalismo.
Espero sinceramente que nossos dirigentes no Governo não deixem de valorizar e prestigiar a mídia progressista (Brasil 247, DCM, Nassif, Forum, etc) e que não sejam enebriados e seduzidos pela (ex) grande mídia (apelo patético, sei). É preciso resistir, a comunicação deve ser mais do que nunca democratizada, para não sermos vítimas dos mesmos algozes que condenaram Dilma, trabalharam pela prisão de Lula e defendiam com unhas e dentes a criminosa lava jato.
Seria cômico, mas é trágico ler o que se publicou em apenas 4 dias de governo, o pior virá, estejamos atentos. A obra de resistência é nossa, não de “aliados” de mera ocasião.