O Brasil entrou numa espiral de queda na economia desde o golpe de 2016. A economia claudicava, entre 2013 e 2015, mas o emprego resistia, não havia miséria e os preços públicos estavam sob controle, no entanto, Temer assumiu e começou o processo acentuado de queda, a política de ataques aos trabalhadores, contra a CLT e previdência, apontou o caminho sem volta.
O governo extremista de Bolsonaro e Guedes (um Delfim medíocre), ambos governam apenas para os Ricos, radicalizou os ataques contra o que sobrou de Direitos sociais e trabalhistas, sem gerar nenhum novo emprego ou fonte de renda que pudesse segurar o aumento explosivo da miséria e a fome, que voltaram ao cenário do Brasil.
A falta de governo, e descompromisso com a economia, fez com que perdessem a noção dos preços, da inflação e fome, as falas de um fantasioso crescimento, não esconde a explosão dos preços, do descontrole da inflação e sem nenhuma política econômica que possa conter o desastre.
O preço dos combustíveis, do gás de cozinha à gasolina, com aumento de mais de 50% em dois anos, mesmo com os preços internacionais em queda, a dolarização dos preços é uma armadilha que demonstra a perda de capacidade de controlar os preços ao consumidor.
O efeito é deletério em toda cadeia produtiva, perceptível até em questões menores como a dificuldade de se pegar um Uber, pressiona o preço das tarifas dos transportes públicos, passagens de transportes terrestres e aéreos.
O mais dramático para a população mais pobre, além do preço gás de cozinha, são os preços dos alimentos, o churrasco da laje de anos atrás, virou o desespero para comprar OSSOS nos açougues, para virar caldo, literalmente se rói o osso. Ir à feira livre é uma aventura, só é possível na hora da “xepa”, pois nem preço da banana é barato, afinal 10 reais por uma dúzia, ou 8 reais numa dúzia de laranjas, não está fácil pagar.
Os supermercados estão vazios, aquele fenômeno de mercados e shopping lotados, nem a pandemia explica o sumiço do consumidor, são os preços astronômicos, a malandragem empresarial de diminuir o volume dos produtos com o “mesmo” preço, caso de biscoitos, bolachas, papel higiênico, laticínios, ou mudança de qualidade de arroz, feijão, produtos básicos da mesa brasileira.
É fato inconteste de o Brasil empobreceu de forma acentuada nos últimos 5 anos, o emprego substituído pelo subemprego, ou “empreendedor” uberizado, desemprego massivo ou precarizado, com todos os direitos retirados por Temer-Bolsonaro, a situação é catastrófica. Na outra ponta cresceu o número de bilionários no Brasil.
A luta principal hoje é contra a FOME e contra a Carestia, contra os preços em forte alta, a Inflação descontrolada, que atinge os mais pobres e as classes médias, os preços de aluguéis, de serviços e consumo. As pessoas desmaiam nas filas de atendimento de saúde, vitimadas pela fome, é um duro retrato desta triste realidade.
Diante de um cenário de tão grave crise, de fome e miséria, sem esquecer dos mais 615 mil mortos por COVID-19, não é momento de nenhum tipo de festa, de comemoração, a discrição deveria ser o caminho. As confraternizações, importantes para renovar esperanças, de que nos abracemos e para olhar para 2022, de como vamos nos organizar e nos preparar para a difícil luta eleitoral que se avizinha, com muito cuidado, sem qualquer exagero.
Qualquer exposição de ostentação será um desrespeito ao que a maioria do nosso povo está vivendo, é preciso parcimônia e gesto de grandeza e de que vamos ser solidários com os que nada tem. As ações nobres devem ser o norte, de partilhar o que temos, de tentar, proporcionar um pouco de comida, de esperança no fim de ano.
Momento é de acolhimento, solidariedade e de recolhimento.