Bolsonaro venceu em 2018 pela absoluta necessidade de ruptura inoculada na sociedade brasileira pelos ventos neofascistas que consumiu o mundo após a crise de 2008, o ultraliberalismo. Bolsonaro é o resultado, não o início de uma nova era, é um personagem acidental, estava no lugar certo, na hora certa, uma terrível coincidência.
A longa e infrutífera vida parlamentar de Bolsonaro e de sua família, viciada em ocupar cargos políticos, falando mal de política, já era um mau sinal. A posição que ele ocupava era no baixo clero, de baixa estima, vivia de pequenos golpes, rachadinhas, nenhum projeto que o apontasse como alguém que pudesse dirigir um carro, um fusca, quanto mais um país.
A Presidência caiu no Colo, nunca se preparou para nada além de vociferar estupidez no parlamento e “defender” militares, como se fosse porta voz deles, mesmo tendo sido afastado com 33 anos de idade do exército.
O candidato contra tudo que estava aí, era o mensageiro do caos, do Mercado, do Kapital abutre.
Montou uma trupe para seu ministério e entupiu de militares em cargos comissionados, sem nenhuma capacidade que os distinguisse dos demais, apadrinhamento e uma forma de ter domínio sob as forças armadas, para lhe servir e usar de barganha contra os civis.
A condução desastrosa da Economia por um abutre do mercado, Paulo Guedes, o homem que leu Keynes, no original, três vezes, se somou a tragédia do não combate à pandemia da covid-19, o resultado é um país doente, empobrecido, com os preços nas nuvens, com economia combalida, com os direitos sociais, trabalhistas e humanos, completamente destruídos.
A presidência de Bolsonaro é feita de fanfarronices, ele passa o dia no twitter, a incompetência é encoberta pelas polêmicas diárias, as mentiras, as fake news, ou os ataques a tudo e a todos, nada escapa ao ódio de Bolsonaro e de sua família, que alimentam uma horda selvagem de seguidores que babam fascismo e virulência.
Esse comportamento é bem urdido, pois na aparente loucura, há um método, não se enganem. O fascismo se alimentam da estética da destruição, de queimar livros, bibliotecas, florestas, cidades e reputações.
A ruptura com a institucionalidade burguesa ou não aceitar qualquer freio político, moral, social é feito em nome de mitos, de Deus e da “família” (claro a dele).
O confronto com o STF, com o Parlamento, é parte dessa Performance, de que estes o atrapalham na sua grande obra, o NADA. Pedir impeachment dos ministros, ameaçar suas vidas, privacidades, através da horda de canalhas que o seguem é a prática de quem nunca aceitou a Democracia e os limites da civilização. Bolsonaro e os seus encarnam a Barbárie.
A pauta do voto impresso é uma antecipação das urnas atacadas, queimadas, manipulação grosseira de uma derrota certa que se avizinha em 2022, ou antes.
Bolsonaro perdeu ao vencer, essa é a verdade, aquela onda neofascista, protetora, se dissipou, sobrou uma dura realidade, administrar um país continental, sem nenhuma ideia, sem equipe, sem projetos, é aproveitar e viajar no avião presidencial, dar tchau ao vento, em ruas vazias, em inaugurações fantasmas, torrando dinheiro público, claro, impondo sigilo de 100 anos para tudo.
Bolsonaro vai passar, mas qual o custo? Serão os 20 centavos mais caros de todos os tempos.
Vamos aprender?
Puxa, que resumo…
A verdade nua e crua! Parabéns, Arnobio! O estrago é grande, levará anos para voltarmos à paz e a evolução do que tínhamos há poucos anos atrás! Muito triste! Chegamos às trevas e convivemos num circo de horrores!