1862: Bolsonaro não é Traidor, não enganou Ninguém.

Bolsonaro se regozija com motos, as 500 mil mortes?

“Homo sum: nihil humani a me alienum puto”
(Sou homem: nada do que é humano me é estranho) 
(Publio Terêncio Afro)

Em junho de 2020, ainda no começo da Pandemia, com de 50 mil mortos, escrevi um texto “agradecendo” Bolsonaro, por ser exatamente o que sempre foi, de não enganou ninguém sobre quem ele é, suas características terríveis, seu desprezo pela Humanidade, e que apenas foi acentuada dia a dia, mas nada diferente dede o medíocre capitão expulso pelo exército, passando pelo apagado deputado fanfarrão até chegar ao histriônico presidente.

Ciro Gomes para ser “diferentão” rejeita colar alcunha de GENOCIDA ao nome de Bolsonaro, fala que ele é TRAIDOR, mas ele traiu a quem ou o quê?

A afirmação de Ciro não guarda nenhuma relação lógica e só se justifica pelo fato dele não querer ser visto como oposição radical ao Bolsonaro, se posiciona apenas como um opositor moderado que quer a simpatia dos eleitores raivosos do Bolsonaro que se descolam dele, assim, fecha os olhos para as 500.000 mortes e que continuam crescendo.

Retornando ao texto pretérito, para repetir que é fundamental agradecer ao GENOCIDA, pois, sem ele, uma enorme gama de pessoas, parentes, amigos, conhecidos, famosos, (sub) celebridades, jornalistas, colunistas, políticos etc,  continuariam a nos enganar sobre o que são de verdade, o (mau) caratismo, a falsidade e a leviandade.

Bolsonaro sendo quem é, dizendo o que diz, sua personalidade fascista, com seus modos, suas atitudes e seus atos anti-humanos, não deixa nenhuma dúvida de quem seja, não enganou ninguém. Aliás, tem um mérito enorme ao não esconder  que é um ser abjeto, rude, cruel, tosco e sem nenhum freio moral ou social.

Em 2018, esse personagem horrível conseguiu se tornar presidente, com requintes de crueldade, as fakenews, as mamadeiras de pirocas, os kit gays, as armações, com ou sem facada. O terraplanismo, a negação da ciência, do conhecimento, uma religiosidade falsa e a defesa de uma “família” que não se aplica nem a ele mesmo.

Ele, encarnou o ódio e desprezo do “homem (mulher) comum” por qualquer apelo civilizatório, surdos ao apelo à razão, ali se votou pelo ódio azeitado por anos a fio pela mídia, que foi descendo pelas redes sociais e virou uma “verdade nacional”. A Grita do Corrupto venal contra a “corrupção”, seria cômico, mas é trágico.

Agradeço ao Bolsonaro, de verdade, não é retórica, por trazer aos holofotes toda essa gente ruim que foi multiplicadora de todo tipo de virulência e ódios. Alguns se dizem “arrependidas”, que até tentam dizer que não sabiam quem ele era, ou, pior, de que não havia alternativa, ou que se estava diante de uma “difícil escolha”.

Repito: Nada, absolutamente nada, pode justificar ou explicar um voto consciente na “banalização do mal”, do mal naturalizado, nem o cinismo e/ou indiferença social, conseguem dizer o que se fez ao Brasil e ao mundo, ao se votar em alguém como Bolsonaro, sua família, suas milícias, seu entorno podre de décadas.

O agradecimento ao Bolsonaro se deve justamente a isso, tudo ficou claro, mais simples de se conhecer com quem se vai casar, namorar, trabalhar, ter relações sociais, amizade, pois demonstra o limite do que é ser Humano.

A Pandemia, os quase 500 mil mortos revelou completamente quem é o Monstro que ocupa o Planalto, as reuniões escatológicas ministeriais, como aquela da expulsão do Moro do “paraíso bolsonarista,  deu o último choque de realidade sobre quem são aqueles acéfalos que se fizeram ministros, com seus currículos falsos, um mero detalhe, ou que arrotam conhecimentos falsos, nas palavras do chefe da economia que repete ter lido “três vezes Keynes (no original), antes de ir para escola de Chicago”.

A tragédia é completa, apenas contemplamos a barbárie que virou o país, o acumulo de medidas contra o povo, com a colaboração da “oposição” da frente ampla, votando sorridente, ou escondida, com os algozes do povo, o fim dos direitos sociais, trabalhistas, previdenciários e agora a entrega do bem da vida, a Água, a Energia e o Solo.

Bolsonaro, mais uma vez, obrigado, pelo negativo, descobrimos o que há de bom e sanidade na sociedade e quando tudo isso passar, e vai passar, a reconciliação será difícil, a vergonha, a decepção serão imensas, mas teremos uma certeza, todas as máscaras caíram, uma pergunta bastará para identificar o papel de cada um, nessa tragédia:

“Qual seu voto em 2018?”

Qual seu voto em 2022?

 Save as PDF

Author: admin

Nascido em Bela Cruz (Ceará - Brasil), moro em São Paulo (São Paulo - Brasil) e Brasília (DF - Brasil) Advogado e Técnico em Telecomunicações. Autor do Livro - Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded.

Deixe uma resposta