Efetivamente há um ano é que houve preocupação no Brasil com a Pandemia, que já causara estragos na China e depois Europa. O Brasil teve pelo menos dois meses para se preparar para o combate da pandemia, um tempo gigante diante do caos que se avizinhava, os primeiros casos só foram diagnosticados na segunda semana de março e o primeiro óbito em 15 de março.
Essa não é uma visão de “engenheiro de obra pronta”, é a apenas a constatação do tamanho do erro e da falta de ação, do que poderia ter sido feito e não se fez, uma dura lição e, quem sabe, no futuro, se poderá fazer uma análise bastante significativa e apurar as responsabilidades, como também entender como se não deve proceder diante de uma pandemia.
Caso o Brasil sobreviva não apenas ao Vírus, mas, principalmente, ao Verme, será preciso uma profunda reflexão de como um país continental, com uma língua única, tem tanta dificuldade de comunicação e de coesão, para se defender perante uma doença que rapidamente se espalhou e pôs em colapso o sistema de saúde, público e privado, não importando a sua sofisticação.
O Brasil não teve o sentido de coletividade, de solidariedade e de união para enfrentar a situação limite, a parte principal do problema foi a negação pelo governo federal, de Bolsonaro, de que a doença era grave e que só um grande esforço nacional, poderia diminuir o impacto da Covid-19.
Para piorar, a negação derivou para duas ações, por parte de Bolsonaro e sua equipe.
A primeira, publicamente o presidente além de negar a doença, minimizar seus efeitos, passou a atacar todos os governadores, prefeitos, políticos e a imprensa, por tomarem ações de combate e por informarem à população o tamanho do buraco causado pela Pandemia, inclusive, na Economia.
Esse comportamento levou Bolsonaro à toda forma de desatino, como aglomerações seguidas, não uso de máscaras, convocou manifestações para criar confrontos com os demais poderes da República. Comportamento de absolutamente irresponsabilidade, além uma intensa troca e desmoralização dos ministros da saúde, até fixar um general com ZERO conhecimento de ciência e de saúde, é o auge desse comportamento errático.
A segunda linha de ação, a mais perversa, nas palavras do medíocre ministro Sales, do meio ambiente, de que era preciso aproveitar a oportunidade, que estão distraídos com a doença, para passar a boiada, aprovar e/ou publicar decretos que na prática saqueiam o Estado de forma irreparável.
A chantagem de falta de recurso ou pondo os governos locais sob ameaça, para que não se contraponham ao que propõe, inclusive, negar repasses, chamar a população para enfrentar governadores e prefeitos.
Guedes comanda a entrega de refinarias, venda de ativos da estatais, preparação de privatizações que não passam de entrega do que sobrou de patrimônio público, acompanhado do desmonte canibalesco dos serviços públicos, em todos os setores e esferas, especialmente, na Educação e da Saúde.
O que se pode concluir com certa margem de certeza é de que a Negação é uma Política voltada não apenas para Morte das pessoas, mas também pela Morte das Instituições.
A Negação se constituiu como uma política pública, negativa, das mais perversas e cruéis da nossa história, nunca se teve um governo tão abertamente contra seu povo, contra a soberania e contra a Nação. De um lado se nega o combate à doença, do outro ataca-se a saúde da economia e do patrimônio público.
O Brasil corre o risco de virar um Iraque, um Afeganistão, um país implodido por dentro, dirigido por uma camarilha de aventureiros e entreguistas, afeitos ao autoritarismo e sem nenhum sentimento humano, de dor, comiseração pelo infortúnio de milhões.
Esse é o resultado dos idos de junho de 2013, uma lição terrível para que pensou num Brasil independente e soberano, pode não sobrar nada, em 2022.
Um ano destruidor e sem resistência, pela situação pandêmica e pela paralisia política, incapacidade de luta, projetos e planos de enfrentamento aos Coveiros do Brasil.
Triste fim?