Nas últimas semanas tenho assistido umas séries finlandesas (Deadwind, Bordertown), islandesa (O Assassino de Valhalla), polonesa (Ultravioleta) e uma inglesa (Collateral). Exceto a última, idioma que tenho algum conhecimento, as demais o que me atraiu, além da qualidade, os exóticos idiomas, a diferença de sonoridade, que não lembra em nada os que temos familiaridades.
Estas séries, policiais, dramas, trazem painéis surpreendentes sobre esses países.
Ótimas narrativas com histórias bem contadas, densidade de interpretações com excelentes atores e atrizes, paisagens maravilhosos e principalmente aspectos de culturais que não conhecemos e que, sem elas, dificilmente teríamos acesso, pelo que nos é imposto, cinema dos EUA e de países europeus, bem poucos.
Neste sentido Netflix e seus concorrentes, como Amazon Prime, trouxeram ótimas novidades de produções de países que raramente teríamos acesso nos cinemas ou nos pacotes de Telecine, HBO, TNT, FOX.
Essa diversidade é fundamental para se conhecer culturas ricas e produções cinematográficas de alto nível. Fiquei surpreso com os filmes poloneses que estão no Netflix, como Rede de Ódio, Morte às Seis da Tarde, Partida Fria e agora com a série Ultravioleta. Tem bobagens, como 365 days, todos os demais são excelentes.
Mergulhei no universo finlandês com as duas séries, Bordertown (Sorjonen) e com Deadwind (Karppi). A primeira tem como centro Ville Virtanen como o detetive Kari Sorjonencom com um método bem particular, uma espécie de Sherlock Holmes finlandês. É um clima tenso, a escuridão, a paisagem do frio, as relações humanas, numa pequena cidade perdida próxima a São Petersburgo (Rússia) e a idas e vindas entre os dois países.
Deadwind (Karppi) tem como personagem central a investigadora Sofia Karppi, interpretada por Pihla Viitala, o cenário é a bela cidade de Helsinque, seu submundo, suas dores, suas ruas e confrontos entre crimes, mortes, negócios sujos, corrupção no governo, uma perspectiva diferente do que se imagina por aqui, como se tudo por aqueles lados, fosse perfeito.
O Assassino de Valhalla (The Valhalla Murders) traz as belas imagens da gelada Islândia e de a sua capital Reiquiavique é o cenário de uma série de suspense protagonizada pela policial Kata (Nína Dögg Filippusdóttir), que investiga vários crimes do presente, mas que estão ligados ao abuso de menores, cometido por predadores há mais de 30 anos, eles com o poder de apagar e não permitir que se investigue.
A minissérie inglesa Collateral é com Carey Mulligan no papel da detetive Kip Glaspie, traz um retrato de Londres e do Reino Unido sob a ótica das tragédias dos imigrantes, como a política de endurecimento e de criminalização dos imigrantes, especialmente, os de origens árabes. A violência e o descaso policial, a máquina corrompida e violenta do estado policial.
Esse ano de pandemia e isolamento, teve várias e boas novidades, nessa mesma linha de cinema fora do circuito, como os espanhóis O Poço e o último filme da Trologia Baztán, Oferenda à Tempestade.
https://www.youtube.com/watch?v=bM33f72r2g0