“Sem teoria revolucionária, não há movimento revolucionário. Não seria demasiado insistir sobre essa ideia em uma época, onde o entusiasmo pelas formas mais limitadas da ação prática aparece acompanhado pela propaganda em voga do oportunismo”. (Que fazer? W, Lênin).
Brinquei no Facebook: “O Golpe e os Livros – A única coisa “boa” no Golpe é a quantidade de livros sobre ele, se bobear até eu lanço um também”. Tenho muito material escrito, entretanto são tantas publicações ultimamente, com gente com mais conteúdo e talento que não sei se dou conta. Como também não tenho muita disposição para muita coisa, a sobrevivência material, financeira, vem em primeiro lugar, vamos ver.
Estou compilando os artigos para esse “projeto” de mais um livro, talvez o nome: O Estado Gotham City: A Ruptura da Democracia e da Política, será uma espécie de continuação do anterior, Crise Dois Ponto Zero – A Taxa de Lucro Reloaded., este outro terá como centro a questão do Estado, o caráter burguês e o neofascismo que domina o mundo. Ainda não vivenciamos abertamente estados fascistas, mas na essência, Democracia e Política, estão sendo substituídas por simulacros autoritários.
Um dos primeiros capítulos é tentar compreender os novos atores que surgiram na virada dos ventos, por dois movimentos sincronizados: A Crise de 2008 e as Primaveras. A Crise tratei com alguma profundidade no outro livro, publicado em 2013, aqui nesse blog. No último capítulo já apontava para questão do Novo Estado, que responde diretamente às demandas do Kapital para um novo ciclo longo.
Entender as contradições e investigar os processos de dominação do Kapital, o 1%, sobre os demais 99%. De como a Democracia, antes a linha mestra de Valor Universal, está sendo substituída por regimes farsescos, autoritários, ou mesmo vácuo de autoridade com o esvaziamento do Estado, com a desilusão generalizada de que não pode haver qualquer grande mudança, especialmente nas condições de vida da maioria da população.
Nesse capítulo apresentamos uma visão de embate contra as ilusões na esquerda sobre as primaveras e jornadas, trazendo o debate para veio da luta de classes. Nos afastamos de qualquer tipo de maneirismos ou de adaptações aos elementos secundários da conjuntura, que possam substituir o conceito de Classe. É certo que alguns daqueles mais iludidos, em 2013, tomaram um choque de realidade após o Golpe aqui no Brasil, ou com Trump nos EUA, por exemplo.
Esperamos trazer alguns elementos que contribuam ao debate, polemizando, dentro dos nossos limites, questões como: Estado de Exceção, que vira Regra, o protagonismo do judiciário; a queda Democracia, da Política e a crise dos Partidos. São centenas de artigos que pretendo compilar como fiz no outro livro. Quem sabe condensando-os, possa surgir um livro, digital, pois não tenho como publicar, não tenho esquema ou interesse em tal evento.
Sem pressa, vamos ver se sairá alguma coisa. No próximo post farei a apresentação de um dos capítulos.
Na torcida!
Nada de torcida, vamos fazer juntos, agora que é mestra em EPUBar. Beijos
No aguardo…