Impressionado com a explosão da miséria neste final de ano. Nesses 27 anos que moro na cidade São Paulo, situação parecida somente duas vezes: Em 1990/1992 com o famigerado governo Collor, em que o desemprego chegou a um em cada cinco pessoas na grande São Paulo. Depois, entre 98 e 2000 com a desvalorização do real e o apagão de FHC, os bolsões de miséria nas ruas e a desesperança generalizada.
É fato que desde 2015 não temos governo no Brasil, Dilma foi inviabilizada politicamente desde o dia em que foi reeleita. Para piorar ela entregou a condução da economia aos neoliberais e a desastrosa gestão de Levy preparou o terreno para os exterminadores do futuro: Temer-Serra-Meireles e o velho PSDB em peso novamente no governo central.
Obviamente que o desacerto se deu antes da turma golpista, provocado em boa parte por eles, para inviabilizar o governo eleito. Eles prometeram a redenção do país rapidamente, qualquer um pode pegar as manchetes de março e abril, antes do impedimento, a garantia era que tudo iria melhorar e a economia sairia do atoleiro.
O que vejo nas ruas e avenidas da cidade é um amontoado de famílias que até um ano atrás ainda tinha um teto, geralmente alugado, pago com a soma de ganhos de pais, avós e filhos. O desemprego galopante e o corte de milhões de pessoas que recebiam Bolsa-família e outros benefícios sociais, as expulsou de suas casas.
Embaixo de viadutos, que antes tinha pequenos contingentes de sem teto, hoje se avolumam dezenas de famílias, vivendo em condições insalubres, com barracas sem nenhuma divisória, em que se faz sexo ou as necessidades fisiológicas elementares. Fogões à lenha queimam panelas com ralo feijão e arroz.
Todos sujos, pois não há lugar para tomar banho, nesse calor do Saara e sujeitos as chuvas torrenciais de verão, torna dramática a situação. À noite os sopões aliviam a fome e a decadência dos miseráveis. O mesmo se repete em calçadas das avenidas mais largas, a dignidade humana vem abaixo. Os verdadeiros paneleiros, que estão vazias estão ali.
O destino de um país que chegou a sonhar em ser rico e independente e agora retroagiu em 50 anos, em pouquíssimo tempo. A derrocada tende a piorar com as aprovações absurdas de menos gastos públicos, no meio deste caos social que se avizinha.
O que virá em 2017, infelizmente, não promete solução alguma, ao contrário. Nem mesmo a esperança, até ela foi jogada fora pelo ódio irracional que poluiu o Brasil. Aqui se jogou fora não apenas a água suja, mas a criança também. O fantasma da fome volta atormentar o país,
Terrivelmente triste pergunto: O que fizemos com o Brasil?
Também não vejo saída a curto prazo!
Estamos todos num redemoinho e não sabemos o que vai acontecer! Lamentável!
Minha esperança é a VOLTA do LULA PRA concertar o desastre feito!
Belo texto!
O Brasil foi roubado. A força oculta que levou à suicídio e renuncia de presidentes esta cristalina no herdeiro dessa tal força, Marcelo Odebrecht. Collor, FHC, Lula/Dilma, embora esses dois últimos produziram ganhos sociais, mais o golpista vampiro, que trouxe a reboque o derrotado PSDB, todos gerentões do Sistema. Talvez aquele tal comando Delta pronunciado na entrevista do delegado Francisco Garisto na Caros Amigos de 2000.
Precisamos hoje, não de meros salvadores da Pátria, mas do povo, com uma Reforma Política vinda das ruas, homologadas com uma nova Assembléia Constituinte. Gosto de ver as manifestações nacionalistas de Ciro molotov Gomes e do Roberto Requião. Mas não bastam boas intenções. É preciso ter em mãos uma Constituição forte e intocável, a prova de emendas que são produzidas sob medidas por organizações infiltradas dentro do Estado.
Somente o povo poderá salvar o povo. Coxinhas e pães com mortadelas, precisam entender que são ambos devorados dioturnamente, por um Sistema que leva o futuro de gerações.
Não se preocupem com o futuro do Brasil ! Tudo vai melhorar com a chegada dos haitianos.
Recheio de preconceito sua previsão. Que venha haitianos, como vieram italianos, poloneses, alemães, africanos e tantos outros. O problema do Brasil não é quem chega, mas que está saqueando a Nação.
Que venham todos os povos, mas que sejam levados ao “paredon” todos os saqueadores. Não só os que fazem saque aqui, mas também aqueles que saqueiam o Haiti, o Quênia, Moçambique…
Quem viria ao Brasil para ser assaltado? Só mesmo os bangalafumengas do Haiti. Aliás, Filhinho, há no Haiti alguma coisa para ser “saqueada” ?