É natural que numa disputa tão acirrada como a atual a temperatura chegue fácil aos 100 graus, mas democraticamente o Brasil escolheu por mais 4 anos o projeto do PT, como bem diz a regra eleitoral vence aquele que tiver a maioria simples do votos, ou seja 50% mais 1. Um país continental que em menos de 4 horas consegue mostrar ao mundo como é forte e avançado seu sistema eleitoral, dando segurança e confiabilidade ao pleito.

A vitória de Dilma com 3,3% a frente, com quase 3,5 milhões de votos de diferença para Aécio, deve ser respeitada e recebida com tranquilidade por todos, pois sabemos que a democracia se pauta pela aceitação dos resultados, mesmo quando desfavoráveis, pouco importando se em cidade A ou B , ou Estado A ou B houve diferenças maiores ou menores de votos para qualquer dos candidatos, o Brasil é um só, perdendo ou ganhando, não se dividirá jamais.

Passada as eleições as urnas dão enorme responsabilidade não apenas aos vencedores, mas principalmente à oposição, pois a ela foi confiado o dever de fiscalizar, cobrar e exigir que o vencedor cumpra seu programa, seus compromissos de campanha. Ao mesmo tempo, os dois lados têm o compromisso de levar à frente com seriedade e maturidade o Brasil, sem golpismos ou imposição de vontades. O respeito às urnas e aos seus resultados é dupla, não apenas de quem vence.

O país sairá mais forte e mais consolidado democraticamente desta sétima eleição presidencial pós-ditadura, as instituições são fortes, mas os instrumentos da democracia precisam ser aprimorados para aproximar mais os eleitores dos seus governantes, não apenas no ato do voto. A construção da democracia é um processo vivo, não de 4 em 4 anos, não pode se resumir ao voto, mas a participação efetiva no dia a dia da gestão do Estado, com cobrança, críticas e sugestões, os mecanismos desta participação precisam ser desenvolvidos pelos governos.

Parabéns para a Presidente Dilma, que ela tenha grande sucesso nos próximos 4 anos, que siga o seu programa e aprofunde a democracia e a inclusão social, que tenha especial atenção aos meios de comunicações, que nos livre das manipulações correntes e dos monopólios midiáticos. Que o Brasil siga mudando e se tornando um país melhor e mais justo, social e economicamente. Que busque a igualdade de gêneros e respeite as diversidades sexuais, raciais, regionais e culturais.

Vamos em frente, juntos e firmes, Brasil de todos os brasileiros.

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