17 de novembro de 2025

6 thoughts on “518: Batman: Capitalismo ou Barbárie?

  1. Grane arno, ótimo texto.

    Já estava para comentar seu “Batman Gordinho” mas aguardei o lançamento do último epsiódio e de sua análise para fazê-lo.

    einhas referência de Batman iniciaram-se com o Gordinho mas se consolidaram, de fato, com a sequencia de Tim Burton. Para mim uma obra prima que funde elemebtos quase contraditórios: o gótico e um ambiente de quadrinhos mais, digamos, animado. Lembrando que o Gótico preconiza a escuridão, a penitência e a seriedade em seus ambientes. Mesmo com falhas, Jack Nicholson como Coringa e Michele Pfifer como Mulher-Gato foram escolhas perfeitas e a direção de Burton muito boa. Para mim as interpretações ajudaram a elevar os dois primeiro episódios a filmes, para mim, lendários.

    Não perdeirei tempo analisando os dirigidos por Joe Schumacher pois eles não valem nem para gastar o dedo digitando.

    Quando veio a sequencia de Nolan confesso que sequer fui ao cinema dado meu desencanto com os filmes anteriores. Optei por esperar o DVD.

    O primeiro filme da série, Batman Begins, para mim também foi épico. Bom casting, bem ambientação e um com Batman quase dialético, sempre expondo suas feridas.Com momentos quase Hegelianos, onde a espiral negativa toma conta do ambiente e parece que não há superação possível. Ainda sim, tendo a concordar com o aburguesamento do herói e aquele irritante tom conferido por Hollywood de que tudo deve terminar razoavelmente no final. Talvez isso deixe a obra incompleta

    Já em O Cavaleiro Das Trevas, a questão do Vigilante é colocada à mesa, assim como o controle social através de ferramentas teconológicas. No entanto, o “Bushismo” da prática é solapado no final do filme, quando Lucius Fox destrói a máquina que permite que permite ao Batman interceptar todas as ligações telefônicas de Gotham. Sem falar no enfrentamento com o Coringa, que tortura e quebra o herói, colocando-o em seu devido lugar, um humano empoderado mas muito contraditório. Creio que as mensagens do Dark Knight foram bastante profundas no campo ideológico.

    Em O Cavaleiro das Trevas Ressurge, embora o tom ideológico tenha ficado claro e você o descreveu muito bem, o fio condutor dialético negativo prossegue, com personagens sempre contraditórios e auto-destrutivos e onde vitória no campo material é apenas mais um estágio para outras crises que estão por vir.

    Portanto, achei a trilogia de Nolan muito boa. Ideologicamente melhor do que a Burton e com personagens mais conectados às nossas próprias contradições.

    Um abraço!

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