214: Crise 2.0:Pêndulo sem fim

 

 

 

 

Depois de 12 dias de férias, as informações da economia mundial segue nervosa, a Crise 2.0 tem este efeito:a visão pendular:  no meio da semana é o caos total, como o apresentado pelo Banco Mundial,  presidida pelo economista Robert Zoellick, que “advertiu nesta quarta-feira(dia 18/01) que os governos devem estar preparados para enfrentar turbulências tão sérias quanto as que sacudiram a economia mundial depois da quebra do Lehman Brothers, em 2008. E, por isso, reviu para baixo as projeções de crescimento da economia mundial em 2012”. (Estadão 19/01)

Porém no fim da semana as coisas começam a mudar de figura, no mesmo Estadão, sábado21/01, Celso Ming mostra a seguinte ideia:

“Apesar das projeções sombrias divulgadas na semana que passou pelo Banco Mundial (Bird) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), há um punhado de sinais que apontam para dias mais ensolarados no cenário da economia internacional.

O primeiro deles vem dos Estados Unidos e dá conta de notável recuperação do emprego. Em dezembro, por exemplo, os níveis de desocupação recuaram dos 9,2% a que chegaram, em julho, para 8,5%. As novas projeções sobre a atividade econômica também sugerem certa reação. Em vez da quase paradeira que foi o crescimento insatisfatório de 1,7% estimado para 2011 (os números definitivos ainda não estão disponíveis), as novas previsões são de que dá para esperar para 2012 uma expansão do PIB de pelo menos 2,5%”.

Aliás, esta segunda visão, nós temos trabalhado desde meado de dezembro passado nos textos sobre a perspectiva da Crise e seu fim:

  1. Crise 2.0: Um novo desenho econômico
  2. Crise 2.0: um novo ciclo se abre?
  3. Crise 2.0: O Fim da Crise?

 

Entendemos que a retomado dos EUA, com  a queda no desemprego e crescimento, mesmo tímido, combinado com manutenção das altas taxas de crescimento da China e os índices dos demais BRICS, criam um campo positivo para um novo momento. Persistirá na Europa, por um tempo longo, a dinâmica de um profundo ajuste, que revela uma certa similaridade com estes últimos 4 anos da Economia dos EUA, de intensa queda econômica. A Alemanha imporá um duro programa econômico aos seus parceiros, sugando-os de forma a virarem apenas apêndice de sua economia, esta é a dinâmica que analisamo hoje.

Mas a crise não é eterna, nem devemos torcer para que seja, pois são os trabalhadores, em última análise, as maiores vítimas destes ajustes brutais, mais ainda, a classe hoje está mais fragilizada sem poder de reação, os efeitos de uma conjuntura político-ideológica de retrocesso que se abriu em 1989 ainda não se fechou. A crise, por si só, já é uma violência contra a classe, ela desarmada politicamente, torna-se tragédia. A crise abre a possibilidade de uma revolução, mas o fulcro dela é a destruição de Forças Produtivas, e é assim que se realiza hoje.

 

 

 

 

 

 

 Save as PDF

Author: admin

Nascido em Bela Cruz (Ceará - Brasil), moro em São Paulo (São Paulo - Brasil) e Brasília (DF - Brasil) Advogado e Técnico em Telecomunicações. Autor do Livro - Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded.

0 thoughts on “214: Crise 2.0:Pêndulo sem fim

  1. Mas qual o Preço da recuperação da Economia Americana no longo prazo? com o dinheiro que eles aplicaram e o endividamento aumentando ainda mais como acusam os deputados republicanos essa analise do Celso Ming(sem credibilidade nenhuma) parece mais papagaio de Pirata, pode mostra uma melhor ARTIFICIAL da Economia americana!!!!

Deixe uma resposta