26 de novembro de 2025

0 thoughts on “194: Crise 2.0: Marx e a Crise

  1. Achei a análise excelente. Buscar problematizar a crise tendo em vista que não há causa e efeito dicotômico. Mas permita-me discordar de um trecho, quando você afirma: “Analisar atual crise sem ter em mente os grandes ensinamentos dos maior expert em capitalismo não nos ajuda muito no enfrentamento cada vez mais violento das condições que impõe o estado burguês, totalmente submisso ao grande capital. Os governos na crise expõem nitidamente quem realmente MANDA no Estado, exemplos mais do que óbvios estamos todo artigo lembrando.”

    Não gosto da idéia de estado burguês, passando pela lógica de natureza do estado. creio que o próprio marxismo deu sinais interessantes que essa análise precisa também ser problematizada. Falo de autores como Offe e Poulantzas que trabalharam conceitos como autonomia relativa do estado. É claro que diante uma crise financeira, que dentro dos marcos do capitalismo poderia contaminar todos setores, essa é a resposta que o estado dá. Sendo assim, ele submete-se não só a lógica do mercado, mas às suas próprias limitações da ausência de uma margem de manobra, já que as reformas das últimas décadas diminuiram sua capacidade de ação… enfim, a decisão é política, portanto de classe, mas a ação é institucional, sendo assim agrega uma série de decisões históricas engendradas pela movimentação dos atores em seu percursso. Uma coisa é fato: luta de classes mais viva que nunca, com novas dimensões, mas viva…

  2. Até concordo com o Rattes, normalmente seria assim, mas agora banqueiros tomam as decisões de Estado — na era Thatcher não era tão clara a situação, embora com Reagan eles já estivessem no poder. Os Estados europeus eram mais “institucionais”, só que nesta crise estão claramente “mercadistas”…

    Oba, debate!

  3. Ah, esqueci, é uma nova faceta da luta de classes?, o capital recorrendo a mais uma tática de sobrevivência, a do “chega de intermediários”?

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