(Rajoy)
Desde que começamos a escrever esta série sobre a Crise 2. 0 temos encontrado fôlego no excesso de informações diária que são produzidas por personagens que parece que surgem da ficção de tão incríveis e pouco verossímeis, mas eles são reais e de “carne e osso”, já tratei de vários aqui em posts anteriores.
Agora na Espanha caiu o governo “socialista de mercado” de Zapatero e assume um senhor que fez campanha sem dizer uma palavra do que faria no governo. Sem um plano ou qualquer ideia nova ou velha, tratou apenas de malhar o governo mercadista de Zapatero. As massas nas ruas de Madrid e Barcelona, pouco ou nada olharam para o Senhor Mariano Rajoy, tendo sido eleito com um baixíssima participação popular.
Para piorar o quadro de uma economia em extrema dificuldade, ao ser eleito Rajoy se fechou “em copas”, se antes nada dizia, passou a dizer menos ainda, não apresentando nenhum plano real ao povo espanhol, mas, nos bastidores, ele costurou a cara de seu governo. Ontem finalmente assumiu e traz como o timoneiro da nau o Senhor Luis Guindos, que é nada mais nada menos que Ex-Presidente do Lehaman Brothers para Espanha e Portugal. O Senhor Gundos foi secretário da economia de Aznar, no período 2002 e 2004. Tem no currículo ainda a graça de servir ao Rodrigo Rato, ex-chefe do FMI.
(Luis Guindos – um currículo que diz tudo)
Depois de mudar do setor público para o privado, ser do Lehman, agora volta ao centro do poder na Espanha, um país virtualmente falido. O déficit público chegou a 9,3 % em 2010(bem acima dos 3% permitido pela Zona do Euro), os números de 2011 não serão inferiores a 6,8%. Guindos e Rajoy assumiram prometendo cortar 16,5 Bilhões de Euros do orçamento de 2012 e reduzir o déficit para 4,4%.
Um corte violento num país com 21,52% de desempregados, com 50 % dos jovens fora do mercado de trabalho, para completar 51% dos que têm curso superior também não arrumam colocação, demonstrando o declínio terrível da outrora florescente Espanha. A situação espanhola pode se complicar mais ainda com o vencimento de 145 Bilhões de Euros da dívida em 2012, apenas em abril de 2012 ela precisará de 26 bilhões de Euros para resgate do seus títulos. Um alento, se é que se pode dizer isto, Espanha lançou títulos de curtíssimos prazos (3 meses e 6 meses) com juros baixos.
Mas o que no fundo aquele cenário que estamos traçando aqui vai se fechando, depois dos Marios( Draghi e Monti), de Lucas Papademos , todos ex-Goldman Sachs, tidos como “tecnocratas”, uma ova são BANQUEIROS, agora Rajoy entrega o destino da Espanha a um ex-presidente de um banco falido, mais um “tecnocrata”.
Acompanhemos, as cortinas descem…
Que horror, Arnobio, parece piada! A Casa Branca e agora a Europa…