“Desta requinta-se outra inda mais nobre
E intelectuais espíritos expressa, —
E de suas funções faz que resultem
Sentidos, fantasia, entendimento,
Cujo complexo constitui a vida
Donde emana a razão, essência da alma”.

(John Milton – Paraíso Perdido)

Chegamos ao post 200, uma enormidade. Nem pensava em escrever tanto, em tão curto espaço de tempo, mas a coisa fluiu de forma incrível, que muitas vezes nem acredito de onde tem saído força, energia e coragem de continuar. Vamos em frente enquanto há o que dizer.

Daquele dia 23 de novembro de 2009 para cá, pouco mais de 2 anos, muito mudou, o primeiro texto “Primeiras Palavras” realmente era o que de melhor podia sair. A palavra central daquele início era Saudade, assim definida:

“Saudade é um sentimento abstrato que uma palavra ímpar no nosso idioma expressa tantas coisas que só os de língua portuguesa sentem e entendem”.

“a saudade que tenho é de mim, do que foi e de como fui, não é de ninguém; pessoas ou gentes, de lugar, é unicamente de mim”.

“São mergulho no escuro de nossa alma, de nossa trajetória, passando por tudo o que já fizemos, coisas que não voltarão jamais, mas que explicam o que somos: bons ou ruins, originais ou falsos, nada muda do que fizemos”.

Depois, o medo de não ter o que escrever nos próximos dias, como escrever, o formato do blog, qual a linha. Estas dúvidas persitem até hoje, acreditem, raramente sei o que escreverei amanhã, por vezes sei que escreverei nos próximos 15 dias.

Fiz um balanço no aniversário de 2 anos ( Dois anos depois…), 22 dias atrás, que muitos acreditavam ser uma despedida, no fundo era, não de fechar o blog, mas de como ele continuaria. Fiz os ajustes, não apenas de layout, mas principalmente de conceito.

Em 2009 publiquei 11 posts, em 2010,44 posts e agora em 2011, 155 artigos. Mas me sinto melhor, não pressionado a escrever, apenas deixo fluir, virou um bom hábito, saber que vou fazer algo, elaborar algumas idéias e discutir com algumas pessoas.

Mas talvez o que melhor defina este blog, e amim mesmo acabei encontrando num texto que escrevi, sem nem notar o que fizera, mas consegui me definir e minha relação com a literatura:

“De tudo isto conclui que, a literatura me fez um homem melhor, transformou decisivamente minha vida e minha história, a vontade de ler e aprender leva-nos a outros mundos, a viagens fantásticas, a lista de livros fundamentais é imensa, e o Google não lhe ajudará a conhecê-los, para o bem ou para o mal você tem que ler”. ( Influências Literárias )

Acreditem, tento dar o melhor de mim, em tudo que faço na minha vida, neste “diário de bordo”, não seria diferente. Obrigado aos que aqui frequentam, opinam, criticam, sugerem, discordam, digo que apenas que aprendi mais do que ensinei.

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