18 de novembro de 2025

0 thoughts on “144: #Ocupe: Novo, Velho (Post 143 – 97/2011)

  1. Em 68, eu tinha 14 anos, hoje estou com 57 e parece-me que a luta é contínua, árdua e pouco frutífera, mas persisto na busca da utopia porque sem ela, de que vale viver? O sonho de um mundo melhor e mais justo não acaba nunca.

  2. Em minha humilde opinião eles são, já são… o que precisam é de pais, conrosto, nome e identidade individual e coletiva.
    Minha grande esperança, como educadora, é que a partir desse caos contemporâneo, consigam reconstruir histórias, suas histórias e rostos, consigam subverter o que hoje os subverte de cara dura, e coração no centro do iceberg…

  3. Belo texto, amigo, não acredito mais nessa coisa de que não se pode rejeitar a historia, sim, acredito que não temos mais em quem e o que acreditar, é o inicio de uma revolta de maneira como ainda não se viu.
    Esse ultimo episódio separa bem os apaixonados por posições partidarias, os que ficam apenas na historia e defendem uma certa ordem pra seguir dos que querem mudança já. não pra mim, nem pra voce e sim pra todos. Não dá mais pra acharem que quando reclamamos estamos pensando nas nossas crenças, não é isso…

    desculpe se atropelei…

    Valeu, adoro ler seu blog.

  4. O ano de 1968 foi rico em manifestações, tanto políticas, quanto culturais, em todo o mundo, que me dá a esperança de que o sonho não acabou, está apenas passando por uma fase de “esquecimento”,como que acontece várias vezes de a gente acordar sem se lembrar de ter sonhado. Um belo dia, a gente acorda com a sensação nítids de que o sonho foi real, realíssimo, daí vindo, inclusive, momentos de inspiração. Hoje em dia o pessoal anda meio adormecido, meio esquecido do sonho, mas pode despertar de uma hora para outra…Basta que se tenha um contra ponto forte à mídia anestesiante, que pode estar na internet e nas redes sociais.Tenho ficado admirada de ver na Rússia um saudosismo crescente da URSS. Se você pergunta para muitos deles se quer o renascimento da antiga união, te respondem que não, mas o saudosismo está lá, manifestado na moda, nos foruns virtuais, nas canções, na TV.Todos se recordam do período em que eram felizes, na infância,na adolescência.Todos reclamam que a educação piorou, decaiu…Isto me dá forças para sonhar e acreditar no sonho: 1968 não acabou e o estamos revendo, aos poucos, nos acontecimentos recentes.
    Você diz ” lembrei das antigas comunidades hippies de Arempebe e nos velhos Hippies que viraram chatos Yuppies incorporados pelo mercado, consumindo como se não houvesse passado ou futuro”, o que me levou a me perguntar:para a esquerda e o movimento socialista ganharem novos adeptos no século XXI, não seria necessário atualizar um pouco o discurso? Atrair adeptos com o discurso da Revolução Bolchevique pode ter efeito contrário, num cenário onde a mídia faz lavagem cerebral na turma… Pelo que já ouvi de muita gente, este velho discurso soa ‘chato’ aos ouvidos acostumados com a sociedade de consumo, com o mundo capitalista e manipulados pela mídia. É tudo uma questão de “marketing” e o socialismo precisa de um marketing muito bom para fazer frente à montanha de dinheiro injetada pelo capital na mídia, à favor da manutenção do sistema….
    Desculpe ter me estendido, mas me empolguei.
    Abraços

Deixe uma resposta