A vergonhosa cultura da violência e morte das mulheres tolerada pelo Estado e Sociedade.

O feminicídio de Tainara Souza Santos é o feminicídio de todas as mulheres, de nossas mães, esposas/namoradas, filhas, é o apagamento do direito de ser MULHER.
Esse crime é o mais chocante do ano de 2025, talvez de muitos anos, em particular de feminicídio, Tainara foi morta por ser MULHER, não por outra questão, isso que mais dói em todos nós, aos homens em primeiro lugar, porque deveria calar fundo em nossas consciências e nos que ensinamos aos nossos filhos.
Nós, homens, o que estamos fazendo no mundo?
Quando validamos as piadas, as grosserias, as estórias (quase sempre mentirosas) sexuais, as falas machistas, toleramos o machismo, a misoginia, e muitas vezes as justificativas para a violência, esses comportamentos se tornam uma espécie de SENHA para MATAR, pois as mulheres são vistas sem nenhum valor, então matá-las é tolerado e aceito como uma correção de comportamentos delas para que outras mulheres não ousem ser livres:
É terrível demais!
A morte de Tainara, com toda a crueldade associada, bate na nossa cara, mas infelizmente não será a última, parece que é prenúncio de que virá a próxima, não há qualquer sinal de que a sanha bárbara irá parar, especialmente nessa combinação explosiva de machismo, religiões que desvalorizam o papel das mulheres, políticos que semeiam ódio às mulheres e uma cultura de tolerância à violência em geral, em particular contra as mulheres, a culpabilização delas serem ou quererem ser livres, serem mulheres.
Uma tristeza imensa, solidariedade à família, que o assassino seja devidamente julgado, dentro das regras legais e que se tenha justiça por Tainara e por todas as mulheres, que não se relativize as denúncias em delegacias, no judiciário, que as famílias fiquem atentas aos sinais de violência contra as mulheres, sem imposição às mulheres que permaneçam em lares ou relacionamentos violentos.
É um ALERTA, uma URGÊNCIA!
Por fim, desgraçadamente, a morte veio na noite de Natal, um tapa na cara da “família brasileira”, que deveria ser sentido e possa servir de reflexão, será?