Tudo parecia que daria errado, as armadilhas deixadas por Guedes, principalmente, muito mais do que pelo tosco ex-presidente, um inepto completo. A economia em queda, preços dos combustíveis reduzidos à forceps, o comércio exterior claudicante, o dólar descontrolado e o juros astronômicos, diria, pornográficos, cenário caótico e as instituições em queda.
O 8 de janeiro foi o auge de uma época estúpida, ali se virou a chave.
A tenacidade e a determinação de Lula e Alckmin, com o suporte dos ministros e uma amarração mínima de política institucional, começou a mudar o cenário caótico. É possível afirmar que, mesmo incipiente a retomada, sente-se um clima de mudança do ambiente, uma certa esperança na economia e nas ações sociais, na participação da sociedade e no engajamento às medidas tomadas.
Obviamente que nem tudo são flores, num grupo de WhatsApp soube que foram liberados 179 agrotóxicos em apenas em 5 meses deste ano, um ritmo maior do que do governo de Bolsonaro.
É grave e duro, difícil de entender e aceitar. Entre as muitas contradições que conviveremos.
É o ônus de um pais que pulou do abismo sem paraquedas, milagrosamente, sobreviveu, o pulso ainda pulsa.
Duro é ter consciência de que se quisermos voltar a andar será passo a passo, teremos que conviver com avanços e recuos, o que demanda uma necessidade ainda mais firme de nos organizamos para mudar a agenda e o curso, ou ficaremos nas lamentações.
Nenhum de nós pensava que seria fácil, pois não é. Confio no nosso governo e na capacidade de superação do Brasil.
Esse país quebra, mas não enverga.