Escrever e Ler são exercícios diários de combate à insanidade, sem isso não tem como viver de forma saudável e enfrentar tantos traumas do dia a dia. Por quase quarenta anos, lia tudo o que aparecia, nesses últimos nove anos, tento devolver um pouco do que aprendi, através da escrita, sem esquecer de aprender sempre mais.
Quando se cai pela terceira vez numa doença grave, como a Leucemia, a questão que primeiro vem à mente é: Que mal fizemos para merecer isso? Claro que é a reação mais do que natural, porém, no minuto seguinte, é pensar: O que podemos fazer de diferente agora para vencer e não voltar mais?
É essa confusão de pensamentos que estamos em volto desde a última sexta-feira, sem muito tempo de pensar demais, ou racionalizar, imediatamente já caímos em campo, a luta continua e as primeira respostas dadas à Letícia é nosso inteiro apoio, maior do que nas outras vezes, de que tudo que tiver ao nosso alcance, faremos, todos nós em casa.
As condições se tornaram mais adversas, pela mudança de profissão, do meu recomeço, as incertezas quanto ao plano de saúde, que já não depende de mim. Conhecer uma nova equipe médica, um novo hospital, um novo tipo tratamento, em que repete a fase inicial, para destruir a medula doente da Leucemia tipo LLA. Porém, com uma fase final ainda mais complexa, que será um Transplante de Medula Óssea (TMO).
No meio desse emaranhado de coisas, conseguimos a internação, com uma série de explicações, cuidados, riscos e muito otimismo de que será vitorioso o novo tratamento. Ao invés de quimioterapia tradicional, será usado uma novíssima droga, Blinatumomabe, que ataca diretamente os glóbulos brancos cancerígenos, para remissão da medula, assim tornar possível o TMO.
Muitos amigos perguntam sobre como “doar” medula para Letícia. Bem, não é exatamente assim que funciona, todos podem se candidatar para doar entretanto a compatibilidade é indeterminada, por isso há um banco de doadores (REDOME) e outro de receptores (REREME), administrado pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer). Entretanto a busca hoje é por pessoas não caucasianos, especialmente negros, asiáticos, que sejam jovens.
Basta clicar nesse link Como se Tornar um Doador, que explica as condições e a importância de ser Doador de Medula. Nesse outro link, diz, por estado/cidade: Onde é Feito o Cadastro de Doador, bem simples e que pode ajudar a salvar vidas, inclusive da Letícia. A princípio ela tem um doador cadastrado, mas precisa confirmar se a pessoa se mantem nessa condição.
Há sempre necessidade de doadores de sangue e, principalmente, de plaquetas.
O caminho é esse, não temos outro, a Letícia está firme e otimista de que vencerá a doença, com seu sorriso aberto e o brilho de seus olhos.
Minhas vibrações e melhores pensamentos para a Letícia e pra toda família. Muita força pra essa jovem tão guerreira!
Força você e sua família tem de sobra,meu amigo! Só posso pedir a Deus que lhes dê muita serenidade para enfrentar mais uma batalhita. Abraços afetuosos a todos vocês especialmente para essa garota rocha, chamada Letícia Rocha.