Golpes de Estado não tem coincidência, não são acidentais, desde as tais primaveras árabes, bati de frente com uma parcela de cyberativistas que enxergavam naquelas mobilizações o novo paradigma das lutas e Democracia, além de identificarem o ativismo digital como o “novo”. Aqui, neste longo post: A Escatologia do “Novo”, caracterizo tal “sujeito” da revolução.
Resumidamente, para quem não acompanhou os debates, o meu blog e minhas redes sociais, são as trincheiras dessa visão crítica e, muitas vezes, claramente de antagonismo à essa “onda”. Por uma questão bem simples, o meio (Internet) NÃO determina o caráter revolucionário de um movimento. No começo, a divergência era sobre método, depois percebi que era mais profunda.
Depois que me enfronhei nos estudos de Economia Política, em especial sobre a Crise 2.0, publiquei o meu livro, Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded, em que concluiu que havia um movimento de retrocesso, retrógrado justamente potencializado pela…Internet.
Ontem a tentativa de golpe na Turquia é apenas uma peça nesse mosaico, dessa onda golpista e que ameaça destruir a Democracia e a Política, como conhecemos. Os ventos de Egito, Ucrânia, Espanha, Brasil, Grã-Bretanha e EUA identificado, pois tiveram seus golpes ou perspectivas de governos extremamente reacionários. Não acredito em coincidência, nem astros, a questão é concreta , o Estado de Exceção, que denomino de Estado Gotham City, é a resposta do Kapital à crise 2.0, paradigmática como fora a crise de 1929.
A guerra total é saída final? Ou o estado de Exceção localizado e generalizado dará fôlego ao novo ciclo do Kapital?