Por questão de coerência, com o que defendi desde o início do julgamento do “Mensalão Petista”, de que era um erro a ação ser processada no STF, mesmo para quem não tinha privilégio de Foro. Penso que foi acertada a decisão do STF de remeter o caso do “Mensalão Tucano” à 1ª Instância, na Justiça Comum. Errado mesmo, o que todos nós criticamos, foi ter ido até o fim com o julgamento do “Mensalão Petista” no STF, sem desmembrar a ação para aqueles que não tinham mandato eletivo em voga.
O correto à época seria desmembrar o processo e julgar nas instâncias apropriadas, dar chances de duplo grau, direito de apelação, tudo conforme a Constituição Federal. Entretanto o apelo midiático, a vaidade, atropelou o sentindo de justiça, o que se buscou com o julgamento dos dirigentes petistas foi massacre seletivo, o que se provou definitivamente agora, com, corretamente, a recusa do STF de julgar os tucanos. Tem-se a verdadeira medida a que serve a justiça, quando tutelada pelos interesses de classes e de mídia.
Mas temos que ter coerência, não é porque massacraram os dirigentes petistas, no afã de se fazer “justiça” que passemos a defender este tipo de espetáculo grotesco, estúpido, irracional, para os demais partidos, o tipo de julgamento que nada deveu aos tribunais de exceção, feitos apenas para dar resposta à sanha neofascista, não de se julgar e aprimorar a democracia e as instituições do Estado.
Como escrevi ontem, o julgamento do “Mensalão Tucano”, devolvido ao estágio inicial, levará mais uns 10 anos para sua conclusão, perdeu-se muito tempo em apresentar denúncia e entrar em pauta, passados 16 anos, o caso é de 1998, pelo menos 6 anos antes do “escândalo do Mensalão Petista”, agora volta ao início, em quatro anos, por exemplo, o maior expoente do processo, o réu, Eduardo Azeredo, atingirá os 70 anos e dificilmente será penalizado com qualquer coisa.
Fica-se mais uma vez num impasse, o que se julgou nos últimos tempos? Cumpriu-se o dever jurídico e democrático ou apenas se agradou aos grupos midiáticos no seu ódio ao PT? É esta a questão. Continuo pensando que houve crimes, desvios de conduta política e de ética, o vale tudo eleitoral, por parte dos dirigentes do PT, mas dentro da lógica do caixa dois de campanha, nada a ver com alcunha canalha de “Mensalão”, mas isto é outro debate, fiquemos por aqui, por enquanto.
Podem jogar as pedras, mas prefiro manter uma lógica coerente sobre o que penso e sobre o que defendo, não ao sabor dos ódios e das vinganças, não chegaremos a lugar algum, aliás, já deveríamos saber que não há justiça que alcance tipos como Maluf, PSDB (Azeredo, Trensalão, Cartel, Caixa dois etc.). Mas não seremos nós que devemos insistir no erro, apenas para “igualar o jogo”.
Ao Combate.
Que a gente não pode se tornar no que combatemos!
Eu fujo do coraçao da treva como o diabo foge da cruz bios e arno
Embora o Joaquim Barbosa tenha sido o único a votar diferente dos demais ministro a de se falar que isso não apaga os seus erros durante o mensalão do PT. Ontem durante os votos de Barroso,Teóri,MAM,Fux e Gilmar Mendes o Joaquim Barborsa devia um pedido de desculpas a Dilma e aos ministros últimos indicados por ela de ter agido de forma politica.O que se comprovou foi que tanto o Barroso e Teori apenas mantiveramram sua coerência, já os demais é que mudaram totalmente os seus votos e estranhamente não vi o Joaquim os acusa-los na verdade ontem o Joaquim que estava no STF se tratava do mesmo que julgou o mensalão do PT?