O fim do domingo bate a melancolia, hoje em especial, distante de mim, um evento maravilhoso comemorou os 70 anos de meu pai, eu aqui de longe pensando como transcorria o seu aniversário. Metade de mim, feliz pela data, dele chegar tão digno a esta idade, cheio de vida, realizado no geral com os filhos e netos, já curtindo um bisneto, abraçado pelos amigos, irmãos, familiares. A outra metade, triste, melancólico por não ter ido até lá, as contradições de morar longe, os problemas que por aqui enfrentamos. Claro, as garras da segunda se aproximando, não tem como não ficar assim.
Hora de pensar na semana, mas apenas nas coisas boas que teremos que fazer, realizar, sem pensar em nada que empurre mais para baixo o clima do domingo, as muitas emoções deste dia, me darão mais força e equilíbrio para ir em frente. Uma música vem à cabeça, realmente é disto que preciso para animar e domar as perspectivas mais tristes. O texto parece travar, muitas ideias e parecem que não dão uma ideia alguma. Talvez a música diga muito mais do que eu tenha a dizer, apenas ouvir e viajar, tantos anos depois, a canção faz mais sentindo ainda.
“There are times when all the world’s sleep
The questions run too deep
For such a simple man
Won’t you please, please tell me what we’ve learned
I know it sounds absurd
But please tell me who I am”
(The Logical Song – Supertramp)
Realmente, é exatamente isto, a busca é sempre saber que sou eu, ou quem somos, ao ver que o mundo dorme, ficamos silenciosamente ouvindo mais o que bate no peito, a clareza do que gira em torno de nossa cabeça, estruturamos mais as ideias, percebemos o todo, nada melhor do que curtir os velhos e bons sons do rock, para relaxar e vir uma inspiração original, então voltemos ao passado e voemos diretamente ao futuro. Assim, a paura do domingo, vai embora com mais facilidade e o sorriso volta, as incertezas vão embora.
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